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Rotas do Mundo

Pedro around the World... My life, my dreams, my favourite things

E o ano de 2014 está prestes a terminar

Dezembro 30, 2014

Este ano que está prestes a chegar ao fim teve muitas coisas positivas mas também me trouxe algumas coisas menos boas, poucas mas dolorosas.

Saliento as viagens fabulosas que fiz como das melhores coisas que aconteceram: Nova Iorque e Finlândia. Ambas tão diferentes mas igualmente saborosas. O movimento e o rebuliço de uma cidade contrastando com a calma e o frio de um outro país. Adorei, é a viajar que realmente conhecemos o mundo onde estamos, e como nos podemos caracterizar "pequeninos".

A minha peça "Um Pátio com Cantigas" teve as ultimas apresentações no mês de Março de 2014, marcando um record de bilheteiras, de espetáculos. Além do reconhecimento dos meus pares e do público, tive a certeza que aquilo que construí tinha muito valor, com a publicação de uma reportagem na revista Incena - revista dedicada a Teatro.

Depois tive momentos agridoces, profissionalmente falando. Se bem que fui promovido, o que realmente teve um sabor muito agradável, ser reconhecido pelas minhas chefias, por outro lado tive ou ainda tenho a incerteza do futuro... a empresa onde trabalhava e do qual acreditava verdadeiramente colapsou. Porquê? Talvez porque a exigência e rigor impostos a todos os colaboradores não fossem seguidos pela administração. Agora vivemos uma Nova Vida, e o futuro apesar de incerto parece bem mais sorridente.

Depois existem todos os outros momentos, pequenos, mas de valor, compartilhado com familia e muitos amigos.

Posso concluir que sou feliz e que o ano está em saldo positivo, portanto aquilo que peço para o Vizinho 2015 e que seja pelo menos igual a 2014.

Assim sendo irei sorrir sempre com a determinação e a garra que me define!

Adeus 2014!

2015 ...

Tallin – E a Estónia aqui tão perto

Dezembro 23, 2014

Ainda durante a minha Viagem à Finlândia, dei um pulinho a Tallin, capital da Estónia.

Uma viagem de barco tipo cruzeiro faz-nos atravessar o mar escuro do Báltico onde restam vestígios de pequenos “icebergs” e cortando o gelo da superfície chegamos a Tallin.

Não tinha nenhuma expectativa sobre esta cidade, não sabia o que iria encontrar e nem sabia o que realmente queria conhecer. Mas após uma breve consulta num míni guia turístico fornecido durante a viagem de barco, reparei que 1 dia seria pouco para conhecer uma capital tão histórica.

Ao sair no porto são logo visíveis as muitas torres medievais que circulam a cidade em conjunto com as suas muralhas, e ao transpor o “City gate” entramos realmente num mundo de imaginação. Aqui predominam muitos edifícios medievais súper bem restaurados onde abunda as traves d emadeira, as varandas características, as janelas ovais de antigos arqueiros.

Podemos entrar a preço simbólico em todas as atrações. Parece ridículo cobrar 1 euro para entrar num museu, mas é verdade.

Mas aquilo que mais saliento é sem dúvida o Castelo medieval, é de uma arquitetura fabulosa. E como não podia deixar de ser a grande Catedral ortodoxa, uma réplica do Kremlin Russo, onde abunda o ouro e os retábulos com joias incrustadas. Fiquei de boca aberta!

A população, ainda que débil a dominar línguas estrangeiras é de uma humildade e simpatia indescritível. E os preços são realmente apelativos. Nunca tinha estado num país em que os preços fossem tão baixos, apesar de já terem a moeda Euro, não se verificou qualquer inflação – parece que vivemos na época do escudo.

Depois desta pequeno mas intenso dia de descoberta fiquei com uma certeza. Vou voltar.

Christma's Time

Dezembro 22, 2014

rotas natal.jpg

 

E entrámos no Inverno... começou hoje dia 21 de Dezembro com um tempo frio mas sem chuva... E virámos o modo da nossa vida para o Christma's time ... há já alguns dias que se comprou uns presentes, se decorou a casa, há quem já tenha preparado a Ceia de Natal... Estamos quase a chegar lá!!!  OH! OH! OH!

Lapónia Finlandesa – A Terra do Gelo

Dezembro 18, 2014

Já de regresso a Portugal, mas a mente parece que ainda se encontra nos lados Nórdicos da Europa. E venho assim relatar mais alguns episódios desta minha viagem pelas Terras da Finlândia.

Deixo Helsínquia pelas 22H00 e entro no comboio noturno intercidades em direção a Rovaniemi – um nome tão estranho mas que muitos conhecem como a terra do Pai Natal. Foram quase 13 horas de viagem durante a noite, mas onde entre um sono e outro, consegui vislumbrar paisagens belíssimas com florestas de pinheiros nórdicos cobertos de um manto branco de neve.

Cheguei bem cedo, ainda o sol não se tinha levantado, o que aqui não é assim tão difícil pois só existem umas meras 4 horas de luz por dia, e apanhei-me numa “chuva” de flocos de neve que me deixaram gélido e branquinho mas com um espírito leve e quase infantil. Tinha chegado verdadeiramente à Lapónia.

Naquilo que posso descrever da cidade é uma pequena vila, onde predominam os edificios dos anos 50 de aparência soviética, misturado com habitações de madeira típicas daquelas bandas. A cidade está rodeada por 2 rios que nesta altura, e devido ao congelamento das suas águas, ainda tornam a paisagem mais branca e gélida.

Parece estranho, uma vez que na maioria dos casos sentimo-nos bem é debaixo de uma palmeira a beber um cocktail, mas apreciar estas paisagens carregadas de gelo, renas majestosas e huskies selvagens trazem-me uma paz gigantesca, e um regresso à infância com sonhos e magia.

De salientar a minha grande aventura ao descer o leito do rio congelado em cima da minha mota de neve. Que aventura, que beleza, que magia, que sensação única e indescritível, depois a visita a uma fazenda de criações de Rena. Estes Lapões, têm a sua economia muito centrada ainda na Rena, quer por ajudar o turismo em excursões e passeios de trenó, quer pelas suas peles e pela sua carne comestível.

Parece estranho comer rena ao jantar, sou sincero – não gostei, talvez porque sabe imenso a cabrito/ cabra, agora para os fãs de uma boa chanfana aconselho vivamente. Aquilo que aconselho toda a gente a provar é Carne de Urso, tem um sabor muito característico e difícil de explicar, talvez o mais próximo que tenha provado são iscas... J

Mas continuando a minha aventura na fazenda das renas... Como não poderia deixar de ser fiz um belo passeio de trenó puxada pela minha amiga “Rodolfa”, decidi atribui-lhe este nome em homenagem à Rena do Pai Natal, que mais tarde me levou à Santa’s Village.

É obrigatório quem for à Lapónia tem de ir à casa do Sr. Nicolau e pedir-lhe que na madrugada de 24 para 25 de Dezembro visite as nossas casas deixando uns presentes. Mas para quem não pode lá ir pode ser enviar a tradicional carta ao Pai Natal. E vos garanto que daquilo que assisti na estação de Correios da Villa, são muitas as cartas que chegam diariamente dirigidas ao Sr. das barbas brancas, inclusive de Portugal.

E aqui nesta terra pisei, ou melhor, atravessei a linha do Circulo Polar Ártico... é algo invisível, mas que ao imaginarmos a dita linha, só pensamos, estamos a ¼ do mundo de chegar ao Polo Norte.

E talvez quem sabe numa próxima viagem se não embarco num barco quebra-gelo, mando uns mergulhos no mar gelado do Ártico e vislumbro uns ursos polares a devorarem uns leões-marinhos... Quem sabe? Sei eu... Até um dia Lapónia!

A Terra do Gelo

Dezembro 06, 2014

Duas noites passadas nesta Helsinquia gelada, aqui a noite mistura-se com o entardecer. Ha um sentimento estranho que nos percorre a alma.

primeiro dia foi o verdadeiro choque, sai-se da porta do aeroporto e um gelido vento entranha-se até aos ossos. Mas como tudo, primeiro estranha-se mas depois entranha-se.

Uma cidade que aparenta uma acalmia geral, parece que o stress tipico de uma capital europeia não existe por ca.

E la nos divertimos correndo por estas ruas de laje cinzenta, prédios históricos misturados com urbanizaçoes soviéticas. Por vezes reporta-me para qualquer filme da 2a guerra.

Neste segundo dia e não podendo relatar tudo o que vi e senti, saliento as comemorações deste feriado nacional finlandês - o dia da independência. Centenas de jovens empunhando archites e entoando canticos descem em direcção ao palácio real, hoje em dia, presidencial.

Depois relato uma experiencia única, assisti a uma missa ortodoxa, na belissima e riquissima catedral. A comunhão é algo de diferente onde se toma não o pão, mas o sangue de Cristo.

Agora e depois de uns vodkas numa esplanada aquecida nada melhor que me aquecer no quente dos lençois. Amanha o dia promete com a visita a uma fortaleza pateimonio da unesco e com a viagem noturna de comboio para a Terra do Pai Natal.

E o Cante Alentejano é Património Mundial

Dezembro 01, 2014

E na passada sexta-feira ficou a conhecer-se os resultados da Unesco às candidaturas a Património Imaterial da Humanidade, e com surpresa minha o Cante Alentejano foi "premiado".

Em primeiro lugar claro que devo dar os parabéns a toda a comitiva, autarquias, coletividades, instituições e grupos corais que abraçaram esta candidatura com garras e dentes e que alcançaram mais um feito para o nosso país.

Quero ainda fazer um reparo às centenas, ou milhares de pessoas que através das redes sociais parabenizaram esta causa. Mas esses individuos realmente escrevem com conhecimento de causa? Parece-me que não.

Infelizmente é este o nosso povo, o nosso país... Depois de prémios já toda a gente dá valor a algo que já devia ser louvado há muito tempo. Primeiro passou-se com o Fado, depois o prémio do carlos do Carmo - Grammy, depois todos os louvores a artistas nacionais reconhecidos mundialmente, e agora o Cante. Mas antes ninguém gostava, as pessoas odiavam, não ligavam, e agoram amam?

Isto irrita-me um bocadinho. Desde muito novo que estou ligado ao meio artistico - Teatro, primeiro como actor e hoje em dia como autor e encenador das minhas produções. Em todas elas tento dar um cunho português, fados, cantigas, danças tradicionais, o erudito e o popular.

É isso que todos nós devemos fazer: dar a conhecer a nossa cultura tradicional e popular, quer a estrangeiros mas sobretudo aos portugueses mais desinteressados.

São a cultura e a tradição que fazem um povo, um país...

Bem sei que neste momento, provavelmente somos um exèrcito sem comandante (onde é que anda um ministro da cultura?) mas temos de caminhar a passos largos para a frente de guerra, lutar, cair, erguer-nos e por fim vencer.

Para terminar, uma grande força a todos aqueles, desde os mineiros alentejanos que começaram a cantar este "Cante" até a todos os individuos que lutam por tão nobre Causa - A minha Cultura!.

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