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Rotas do Mundo

Pedro around the World... My life, my dreams, my favourite things

Diogo Morgado brilha em The Messengers

Abril 30, 2015

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E estreou na passada 3ª feira no TV Series a nova série de ficção americana The messengers.

Um misterioso objeto cai na Terra vindo do universo, o seu choque criou uma força tão forte e estranha que faz com que morram 5 estranhos, no enatnto passado pouco tempo todos acabam por ressuscitar.

Os membros deste grupo de estranhos são Vera, uma astrónoma que vive no Novo México que anda em busca do seu filho desaparecido; Erin uma jovem mãe solteira que vive desperada por proteger a sua filha dos ausos do seu ex-marido que residem no Arizona, Peter um jovem estudante bastante problemático que frequentava o liceu no Arkansas, Raul um agente federal que estava infiltrado e que tenta fugir à morte no México e Joshua um evangelista/ pastor que prega a palavara de Deus através de progamas televisivos no Texas.

Neste primeiro episódio assistimos apenas à primeira apresentação destas personagens misteriosas, mas a mais enigmáticas de todas é mesmo The Man, o personagem de diogo Morgado, que recria o diabo, e parece desenhar-s ecomo um personagem biblico ou profeta.

O futuro da série, só para a semana é que poderei avaliar, no entanto avisinha-se uma série dramática, misteriosa e com grande produção.

Uma série que aborda a temática do sobrenatural criada por Eogham ODonnell protagonizada por Shantel Van Santern, Jon Fletcher e o protuguês Diogo Morgado.

Ao nosso diogo, a maior sorte neste projeto...

E agora depois de ser o Hot Jesus é Lucífer... espero que as críticas americanas sejam boas, é um orgulho mais um português a fazer sucesso lá fora.

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A Culpa é das Estrelas

Abril 30, 2015

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Uma história de amor... mas nem todas as histórias de amor são iguais...

Hazel Grace uma jovem de dezasseis anos vê-se há uma década a lutar com um cancro pulmonar, uma doença grave e terminal que a obrigam a levar um garrafa de oxigénio permanentemente consigo. A morte era certa até entrar num programa inovador de testes de um fármaco novo. As coisas parece que resultam minimamente conseguindo Hazel a sobrevivência. Uma adolescente forte e corajosa que tem como medo a sua morte, não por morrar mas por não saber como os seus pais reagiriam ao seu adeus.

Hazel isola-se do mundo e foca-se apenas num romance escrito por Peter Van Houten, que retrata a temática de um amor entre pessoas com cancro.

Obrigada pelos seus pais a visitar um centro de jovens com cancro conhece Augustus, um jovem que sofre de osteosarcoma e que teve de amputar uma das suas pernas.

Como qualquer filme romântico os dois vão-se apaixonar, conhecer, tornarem-se inseparáveis. Um dos sonhos de Hazel é conhecer o seu escritor de eleição que vive em amesterdão.

Augustus realiza o seu sonho e vivem momentos marcantes para si, no entanto Peter Van Houten consegue estragar com o seu alccolismo e estupidez o sonho de hazel.

Quando tudo parece que acalma, Hazel recebe uma chamada de augustos para ir ter com ele a uma bomba de gasolina, quando lá chega, o seu apaixonado encontra-se desfigurado de dores. ali ele siz-lhe a verdade o cancro tinha espalhado pro todo o organismo e tinha pouco tempo de vida.

Para saber como seria o seu velório, organiza um pré-velório para ouvir as palavras da sua amada, mas essas palavras no dia que deviam ser ditas são mais institucionais e menos sentidas.

A vida não é infinita, o amor também não... no entanto há alguns infinitos que são maiores que outros.

Um filme de 2014 baseado no romance hómonimo de John Green realizado por Josh Boone e com adaptação de Michael H.Webber e Scott Neustadter.

Destaca-se nos papéis de protagonistas Ansel Elgort como Augustus e Shailene Woodly como Hazel. Um elenco completado ainda por Nan Wolff como um dos melhores amigos com um desempenho muito bom, Willem Dafoe como Van Houten e Laura Dern como a mãe de Hazel.

Boas interpretações para o género de filme e para mim a revelação da atriz Shailene Woodly, que após este filme e a vaga de divergente promete ser a próxima jovem estrela de Hollywood.

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Vidas de teatro

Abril 26, 2015

Subo ao palco... Nesta altura sou um jovem fumador, noctívago, bonito, elegante, escrevi peças de teatro e vivo sem amor.

Outrora austero e convencido, de bengala impune na mão, saltava-me da boca egousmo, raiva, más palavras e traição. Já fui também um espantalho, em busca da fama inalcançável, dramático, choroso, crítico dos portugueses e do seu sofrimento inabalável.

Visto uma pessoa enquanto são de mim dedicação, choro, rio, odeio com e sem coração.

Nos camarins sou um jovem, um jovem lutador pelo sonho, sonho este de um dia me tornar, tornar uma estrela a brilhar.

Não sei de é em vão, só o futuro o vai ditar mas como os grandes são do povo, talvez essa tarefa possa desempenhar.

No final, enquanto Paredes nos faz sonhar, ouço aplausos pelo esforço que fiz. Talvez um do me façam gritar - obrigado, obrigado pelo amor que senti.

Teatro nasceu em mim como se de uma semente se tratasse, cresce por aqui e que ninguém a afaste.

Contra tudo e contra todos, vou lutar até ao fim.

Se o universo é infinito porque não vai o teatro viver em mim?

Estas palavras escritas em 2002 aquando a estreia da peça a vizinha do lado são as minhas... Muitas continuo a sonhar com elas mas hoje já alcancei algumas. Ainda hoje depois de mais um espetáculo senti i amor do público e todos juntos cantamos Obrigado pelo calor ... O teatro é o nosso amor.

I don't make love, I fuck ... hard

Abril 26, 2015

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Em 2011 a britânica EL James escreveu a trilogia as 50 sombras de Grey, que no espaço de 6 Semanas vendeu mais de 10 milhões de cópias, tornando-se num dos maiores best sellers de sempre.

Em Fevereiro deste ano estreia no cinema em Portugal o primeiro episódio destas sombras, agora em filme e com realização de Sam Johnson, e assisti a loucura do público feminino a esgotar salas.

A minha curiosidade era alguma, mas o que será que EL James escrevera que tinha tornado esta história num fenómeno?

Então este fim semana lá vi o tão badalado filme.

Um romance com alguns toques de erotismo que conta a história de Anastasia, uma estudante de literatura inglesa, que a pedido da sua amiga conhece Christian Grey, um jovem milionário e empresário de sucesso.

De um lado o feminino, frágil, doce, meigo, romântico e puro do outro o masculino forte, experiente, vaidoso e confiante.

E como qualquer romance a jovem apaixona-se por este homem enigmático e vai conhecelo a fundo até conhecer o podre gosto por BDSM - sádico e masoquista.

E ai ela vai ser iniciada em algo que não imaginava, e vai tentando conquistá-lo para o mundo do Amor.

Como não li os livros não sei o final da história mas calculo que vença o amor e romance, mas para mim um bom final seria a inversão dos papéis entre Grey e Anastasia.

Enquanto espero pelo próximo filme vou adotar a deixa de Grey... I don't make love, I fuck hard...

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The water Diviner - Promessa de uma vida

Abril 26, 2015

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Nos tempos passados, algures em 1900, na Austrália um homem rude e corajoso é o descobridor de aguas subterraneas no meio do deserto vermelho australiano. Ali debaixo de calor e tempestades de areia infernais educa os seus 3 filhos com força, coragem e sonhos. A magia dos contos das mil e uma noites fazem-nos voar para terras árabes em cima de tapetes mágicos.

Não foi um tapete mas uma guerra que anos mais tarde e de forma a honrar o Reino Unido que os jovens entram na Turquia para conquistar o antigo império Otomano.

Mesmo gritando as palavras mágicas, acabam á partida por morrer os 3 numa das batalhas que pôs turcos contra britânicos.

Na Austrália o desespero leva a mãe a suicidar-se num dos poços descoberto pelo pai. E sobre o leito da mulher que amava promete ir buscar os corpos dos seus filhos que se encontravam desaparecidos.

Esta é a premissa para o desenrolar desta história emocionante e fantástica, onde o advingador de águas vai também ser o descobridor dos seus próprios filhos.

Tendo como cenário a fantástica cidade de Istambul vamos sonhando e acreditando como a personagem brilhantemente interpretada por Russel.

Uma história de esperança, crença, valores.

Gostei... E para saber mais é só ir a uma sala de cinema mais próxima.

As Portas que Abril abriu

Abril 25, 2015

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E apesar de gostar de escrever e de dizer poemas, nunca vou conseguir igualar um dos maiores poetas do nosso país - José Carlos Ary dos Santos:

Era uma vez um país 
onde entre o mar e a guerra 
vivia o mais infeliz 
dos povos à beira-terra.

Onde entre vinhas sobredos 
vales socalcos searas 
serras atalhos veredas 
lezírias e praias claras 
um povo se debruçava 
como um vime de tristeza 
sobre um rio onde mirava 
a sua própria pobreza.

Era uma vez um país 
onde o pão era contado 
onde quem tinha a raiz 
tinha o fruto arrecadado 
onde quem tinha o dinheiro 
tinha o operário algemado 
onde suava o ceifeiro 
que dormia com o gado 
onde tossia o mineiro 
em Aljustrel ajustado 
onde morria primeiro 
quem nascia desgraçado.


Era uma vez um país 
de tal maneira explorado 
pelos consórcios fabris 
pelo mando acumulado 
pelas ideias nazis 
pelo dinheiro estragado 
pelo dobrar da cerviz 
pelo trabalho amarrado 
que até hoje já se diz 
que nos tempos do passado 
se chamava esse país 
Portugal suicidado.

Ali nas vinhas sobredos 
vales socalcos searas 
serras atalhos veredas 
lezírias e praias claras 
vivia um povo tão pobre 
que partia para a guerra 
para encher quem estava podre 
de comer a sua terra.

Um povo que era levado 
para Angola nos porões 
um povo que era tratado 
como a arma dos patrões 
um povo que era obrigado 
a matar por suas mãos 
sem saber que um bom soldado 
nunca fere os seus irmãos.

Ora passou-se porém 
que dentro de um povo escravo 
alguém que lhe queria bem 
um dia plantou um cravo.

Era a semente da esperança 
feita de força e vontade 
era ainda uma criança 
mas já era a liberdade.

Era já uma promessa 
era a força da razão 
do coração à cabeça 
da cabeça ao coração. 
Quem o fez era soldado 
homem novo capitão 
mas também tinha a seu lado 
muitos homens na prisão.

Esses que tinham lutado 
a defender um irmão 
esses que tinham passado 
o horror da solidão 
esses que tinham jurado 
sobre uma côdea de pão 
ver o povo libertado 
do terror da opressão.

Não tinham armas é certo 
mas tinham toda a razão 
quando um homem morre perto 
tem de haver distanciação

uma pistola guardada 
nas dobras da sua opção 
uma bala disparada 
contra a sua própria mão 
e uma força perseguida 
que na escolha do mais forte 
faz com que a força da vida 
seja maior do que a morte.

Quem o fez era soldado 
homem novo capitão 
mas também tinha a seu lado 
muitos homens na prisão.

Posta a semente do cravo 
começou a floração 
do capitão ao soldado 
do soldado ao capitão.

Foi então que o povo armado 
percebeu qual a razão 
porque o povo despojado 
lhe punha as armas na mão.

Pois também ele humilhado 
em sua própria grandeza 
era soldado forçado 
contra a pátria portuguesa.

Era preso e exilado 
e no seu próprio país 
muitas vezes estrangulado 
pelos generais senis.

Capitão que não comanda 
não pode ficar calado 
é o povo que lhe manda 
ser capitão revoltado 
é o povo que lhe diz 
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país 
do ventre duma chaimite.

Porque a força bem empregue 
contra a posição contrária 
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!

Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.

Disse a primeira palavra 
na madrugada serena 
um poeta que cantava 
o povo é quem mais ordena.

E então por vinhas sobredos 
vales socalcos searas 
serras atalhos veredas 
lezírias e praias claras 
desceram homens sem medo 
marujos soldados «páras» 
que não queriam o degredo 
dum povo que se separa. 
E chegaram à cidade 
onde os monstros se acoitavam 
era a hora da verdade 
para as hienas que mandavam 
a hora da claridade 
para os sóis que despontavam 
e a hora da vontade 
para os homens que lutavam.

Em idas vindas esperas 
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras 
arrancaram-se as mordaças 
e o povo saiu à rua 
com sete pedras na mão 
e uma pedra de lua 
no lugar do coração.

Dizia soldado amigo 
meu camarada e irmão 
este povo está contigo 
nascemos do mesmo chão 
trazemos a mesma chama 
temos a mesma ração 
dormimos na mesma cama 
comendo do mesmo pão. 
Camarada e meu amigo 
soldadinho ou capitão 
este povo está contigo 
a malta dá-te razão.

Foi esta força sem tiros 
de antes quebrar que torcer 
esta ausência de suspiros 
esta fúria de viver 
este mar de vozes livres 
sempre a crescer a crescer 
que das espingardas fez livros 
para aprendermos a ler 
que dos canhões fez enxadas 
para lavrarmos a terra 
e das balas disparadas 
apenas o fim da guerra.

Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril f
ez Portugal renascer.

E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.

Mesmo que tenha passado 
às vezes por mãos estranhas 
o poder que ali foi dado 
saiu das nossas entranhas. 
Saiu das vinhas sobredos 
vales socalcos searas 
serras atalhos veredas 
lezírias e praias claras 
onde um povo se curvava 
como um vime de tristeza 
sobre um rio onde mirava 
a sua própria pobreza.

E se esse poder um dia 
o quiser roubar alguém 
não fica na burguesia 
volta à barriga da mãe. 
Volta à barriga da terra 
que em boa hora o pariu 
agora ninguém mais cerra 
as portas que Abril abriu.

Essas portas que em Caxias 
se escancararam de vez 
essas janelas vazias 
que se encheram outra vez 
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez 
que espreitavam como espias 
todo o povo português.

Agora que já floriu 
a esperança na nossa terra 
as portas que Abril abriu 
nunca mais ninguém as cerra.

Contra tudo o que era velho 
levantado como um punho 
em Maio surgiu vermelho 
o cravo do mês de Junho.

Quando o povo desfilou 
nas ruas em procissão 
de novo se processou 
a própria revolução.

Mas eram olhos as balas 
abraços punhais e lanças 
enamoradas as alas 
dos soldados e crianças.

E o grito que foi ouvido 
tantas vezes repetido 
dizia que o povo unido 
jamais seria vencido.

Contra tudo o que era velho 
levantado como um punho 
em Maio surgiu vermelho 
o cravo do mês de Junho.

E então operários mineiros 
pescadores e ganhões 
marçanos e carpinteiros 
empregados dos balcões 
mulheres a dias pedreiros 
reformados sem pensões 
dactilógrafos carteiros 
e outras muitas profissões 
souberam que o seu dinheiro 
era presa dos patrões.

A seu lado também estavam 
jornalistas que escreviam 
actores que se desdobravam 
cientistas que aprendiam 
poetas que estrebuchavam 
cantores que não se vendiam 
mas enquanto estes lutavam 
é certo que não sentiam 
a fome com que apertavam 
os cintos dos que os ouviam.

Porém cantar é ternura 
escrever constrói liberdade 
e não há coisa mais pura 
do que dizer a verdade.

E uns e outros irmanados 
na mesma luta de ideais 
ambos sectores explorados 
ficaram partes iguais.

Entanto não descansavam 
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam 
silêncios boatos murmúrios 
risinhos que se calavam 
palácios contra tugúrios 
fortunas que levantavam 
promessas de maus augúrios 
os que em vida se enterravam 
por serem falsos e espúrios 
maiorais da minoria 
que diziam silenciosa 
e que em silêncio fazia 
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo 
e com ordenados régios 
o alvor do socialismo 
e o fim dos privilégios.

Foi então se bem vos lembro 
que sucedeu a vindima 
quando pisámos Setembro 
a verdade veio acima.

E foi um mosto tão forte 
que sabia tanto a Abril 
que nem o medo da morte 
nos fez voltar ao redil.

Ali ficámos de pé 
juntos soldados e povo 
para mostrarmos como é 
que se faz um país novo.

Ali dissemos não passa! 
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça 
odeia a quem desgraçou.

Foi a força do Outono 
mais forte que a Primavera 
que trouxe os homens sem dono 
de que o povo estava à espera.

Foi a força dos mineiros 
pescadores e ganhões 
operários e carpinteiros 
empregados dos balcões 
mulheres a dias pedreiros 
reformados sem pensões 
dactilógrafos carteiros 
e outras muitas profissões 
que deu o poder cimeiro 
a quem não queria patrões.

Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
— cumpriu-se a revolução.

Porém em quintas vivendas 
palácios e palacetes 
os generais com prebendas 
caciques e cacetetes 
os que montavam cavalos 
para caçarem veados 
os que davam dois estalos 
na cara dos empregados 
os que tinham bons amigos 
no consórcio dos sabões 
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões 
os generais subalternos 
que aceitavam os patrões 
os generais inimigos 
os generais garanhões 
teciam teias de aranha 
e eram mais camaleões 
que a lombriga que se amanha 
com os próprios cagalhões. 
Com generais desta apanha 
já não há revoluções.

Por isso o onze de Março 
foi um baile de Tartufos 
uma alternância de terços 
entre ricaços e bufos.

E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.

Fugiram como cobardes 
e para terras de Espanha 
os que faziam alardes 
dos combates em campanha.

E aqui ficaram de pé 
capitães de pedra e cal 
os homens que na Guiné 
aprenderam Portugal.

Os tais homens que sentiram 
que um animal racional
opõe àqueles que o firam 
consciência nacional.

Os tais homens que souberam 
fazer a revolução 
porque na guerra entenderam 
o que era a libertação.

Os que viram claramente 
e com os cinco sentidos 
morrer tanta tanta gente 
que todos ficaram vivos.

Os tais homens feitos de aço 
temperado com a tristeza 
que envolveram num abraço 
toda a história portuguesa.

Essa história tão bonita 
e depois tão maltratada 
por quem herdou a desdita 
da história colonizada.

Dai ao povo o que é do povo 
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo 
nos poemas de Camões!

Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.

Foi este lado da história 
que os capitães descobriram 
que ficará na memória 
das naus que de Abril partiram

das naves que transportaram 
o nosso abraço profundo 
aos povos que agora deram 
novos países ao mundo.

Por saberem como é 
ficaram de pedra e cal 
capitães que na Guiné 
descobriram Portugal.

E em sua pátria fizeram 
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram 
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos 
que ficarão a render 
ao invés dos monopólios 
para o trabalho crescer. 
Guindastes portos navios 
e outras coisas para erguer 
antenas centrais e fios 
dum país que vai nascer.

Mesmo que seja com frio 
é preciso é aquecer 
pensar que somos um rio 
que vai dar onde quiser

pensar que somos um mar 
que nunca mais tem fronteiras 
e havemos de navegar 
de muitíssimas maneiras.

No Minho com pés de linho 
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho 
na Beira com requeijão 
e trocando agora as voltas 
ao vira da produção 
no Alentejo bolotas 
no Algarve maçapão 
vindimas no Alto Douro 
tomates em Azeitão 
azeite da cor do ouro 
que é verde ao pé do Fundão 
e fica amarelo puro 
nos campos do Baleizão. 
Quando a terra for do povo 
o povo deita-lhe a mão!

É isto a reforma agrária 
em sua própria expressão:
a maneira mais primária 
de que nós temos um quinhão 
da semente proletária 
da nossa revolução.

Quem a fez era soldado 
homem novo capitão 
mas também tinha a seu lado 
muitos homens na prisão.

De tudo o que Abril abriu 
ainda pouco se disse 
um menino que sorriu 
uma porta que se abrisse 
um fruto que se expandiu 
um pão que se repartisse 
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse 
e entre vinhas sobredos 
vales socalcos searas 
serras atalhos veredas 
lezírias e praias claras 
um povo que levantava 
sobre um rio de pobreza 
a bandeira em que ondulava 
a sua própria grandeza! 
De tudo o que Abril abriu 
ainda pouco se disse 
e só nos faltava agora 
que este Abril não se cumprisse. 
Só nos faltava que os cães 
viessem ferrar o dente 
na carne dos capitães 
que se arriscaram na frente.

Na frente de todos nós 
povo soberano e total 
que ao mesmo tempo é a voz 
e o braço de Portugal.

Ouvi banqueiros fascistas 
agiotas do lazer 
latifundiários machistas 
balofos verbos de encher 
e outras coisas em istas 
que não cabe dizer aqui 
que aos capitães progressistas 
o povo deu o poder! 
E se esse poder um dia 
o quiser roubar alguém 
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe! 
Volta à barriga da terra 
que em boa hora o pariu 
agora ninguém mais cerra 
as portas que Abril abriu!

 

 

A minha liberdade - 25 de Abril de 2015

Abril 25, 2015

Hoje comemoramos mais um 25 de abril, mais um parece que é coisa pouca, que não merece mais destaque, e realmente pelas milhentas comemorações que hoje se realizam sem qualuqer importência parece que já ninguém dá mesmo valor ao que ocorreu neste dia em 1974.

Quando me falam na ditadura consigo imaginar, conisgor visulaizar nas recreações de ficção, consigo ler testemunhos reais, mas não consigo sentir, não consigo ver aquilo que homens e mulheres mais velhos que eu sentiram.

Sempre gostei de mostrar o meu ponto de vista, sou teimoso até com os meus ideais, considero-me criativo e gosto de exercer esse meu espírito da maneira que me apetecer.

Em tempos nas tertúlias que tinha com o Sr. Delfim ele apenas me dizia: "Filho, tens sorte porque se não ias mesmo parar à PIDE. ...fala o que te apetece, vive como quiseres mas não te interesses muito por política, é algo que não vale a pena".

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E eu assim faço, no entanto por vezes revolta-me os figados a ver o estado da política deste país - e isto não tem propriamente a ver com cores partidárias, mais do que nunca e apesar de ninguém aceitar a maioria dos partidos quer a mesma coisa, mas é o resultado de uma sociedade porca, corrupta e comandada por meninos políticos que nunca trabalharam, desde as fileiras do CDS ao PCP.

Hoje agradeço por estar aqui no meu canto de ideias opiniões, agradeço por amanhã um grupo de teatro poder estar em palco sem que os meus textos tivessem sido traçados pelo lápis da ditadura, hoje agradeço que apesar de todos os podres que ainda cá existem posso gritar e dizer: Vivo em Liberdade!

A Batalha dos Cinco Exercitos

Abril 24, 2015

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Sou fã da triologia do "Senhor dos Aneis" e posteriormente da saga Hobbit.

Ontem assiti ao ultimo filme da triologia onde o hobbit Bilbo Baggins vence a primeira batalha na terra dos anões.

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Tal como os outros filmes, os efeitos gráficos, guarda-roupa e caraterização são fenomenais.

Quanto à história não há muito a dizer sobre quem conehce a obra de Tolkien.

Eu como fã dos filmes gostei, mas não amei.

Vale a pena para uma tarde ou noite chuvosa que se avizinha.

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Lingua Gestual Portuguesa no Jornal das 8 TVI

Abril 24, 2015

jornal8.jpg

 

E ontem fiquei deveras impressionado.

Já há algum tempo que não vejo muitos noticiários da TV generalista, aliás só em ultimo recurso pois estou um pouco cansado da maioria das noticias sensasionalista gratuitas que nos querem fazer consumir. Mas ontem por acaso, andando a fazer um zapping fiquei muito satisfeito e impressionado com o Jornal das 8 da TVI.

E não é que no canto inferior esquerdo me surge uma caixa com uma interprete de Lingua Gestual Portuguesa?

Não sei se ontem isto ocorreu por alguma ocasião especial, ou se finalmente a televisão portuguesa está realmente a cumprir a sua função, deixando de discriminar muito dos info-excluídos.

Agora, e caso a medida seja para manter, toda a comunidade surda poderá assitir aos noticiários da TVI.

E mais uma vez lá estava a Paula Teixeira gesticulando um português que eu infelizmente desconheço. Para quem não sabe além de dismistificar esta temática a Paula é uma cantora fabulosa.

paula.png

 

Agora só falta o ministério da Educação pensar neste tema e aplicar a lingua gestual portuguesa nos curriculos obrigatorios. É óptimo falarmos uma segunda lingua desde a primeira classe, mas não seria tão importante que todos os portugueses podem falar entre si?

Desde há alguns anos que sou um fervoroso apoiante desta temática, desde que fiz algumas reportagens para o Sociedade CIVIL - RTP2 há uns anos atrás, em parceria com a APS Associação Portuguesa de Surdos.

Vamos lá caminhar para um futuro com esperança.

 

Arte Urbana no Areeiro em Lisboa

Abril 23, 2015

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Arte de rua gratuita para todos os que passarem na Av. Afonso Costa em Lisboa, bem perto do Areeiro.

Ali podemos apreciar a obra de Seiner, jovem artista polaco de 27 anos que ca se encontra a divulgar esta forma de arte que embeleza edificios fa cidade.

Segundo ouvi dizer a obra chama-se Crossovers... E para quem como eu trabalha ali na zona a obra enquadra-se perfeitamente no local...

Quem nao conhece as senhoras idosas de mala ao braco a descer a Guerra Junqueiro, com o seu guarda sol.

Acompanhei diariamente a evolucao da obra e aplaudo...

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