Vidas de teatro
Abril 26, 2015
Subo ao palco... Nesta altura sou um jovem fumador, noctívago, bonito, elegante, escrevi peças de teatro e vivo sem amor.
Outrora austero e convencido, de bengala impune na mão, saltava-me da boca egousmo, raiva, más palavras e traição. Já fui também um espantalho, em busca da fama inalcançável, dramático, choroso, crítico dos portugueses e do seu sofrimento inabalável.
Visto uma pessoa enquanto são de mim dedicação, choro, rio, odeio com e sem coração.
Nos camarins sou um jovem, um jovem lutador pelo sonho, sonho este de um dia me tornar, tornar uma estrela a brilhar.
Não sei de é em vão, só o futuro o vai ditar mas como os grandes são do povo, talvez essa tarefa possa desempenhar.
No final, enquanto Paredes nos faz sonhar, ouço aplausos pelo esforço que fiz. Talvez um do me façam gritar - obrigado, obrigado pelo amor que senti.
Teatro nasceu em mim como se de uma semente se tratasse, cresce por aqui e que ninguém a afaste.
Contra tudo e contra todos, vou lutar até ao fim.
Se o universo é infinito porque não vai o teatro viver em mim?
Estas palavras escritas em 2002 aquando a estreia da peça a vizinha do lado são as minhas... Muitas continuo a sonhar com elas mas hoje já alcancei algumas. Ainda hoje depois de mais um espetáculo senti i amor do público e todos juntos cantamos Obrigado pelo calor ... O teatro é o nosso amor.