Frase para hoje
Agosto 29, 2015
Pensa que hoje é o último dia da tua vida, por isso usa e abusa daqueles que quiseres ou simplesmente abusa de ti, dorme, sonha. Viver é agir mas também sonhar.
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Agosto 29, 2015
Pensa que hoje é o último dia da tua vida, por isso usa e abusa daqueles que quiseres ou simplesmente abusa de ti, dorme, sonha. Viver é agir mas também sonhar.
Agosto 28, 2015
Grande Repostagem da sic de ontem mostrou-me um mundo que não conhecia – o hipismo português.
Sendo um desporto por norma bastante elitista, não está ao alcance de cada um praticá-lo e talvez por isso também não tem assim muitos adeptos.
Aquando os últimos jogos olímpicos, em Londres, todos ouvimos falar do grande cavaleiro Gustavo Carvalho e do seu Rubi, um cavalo de puro sangue lusitano que em conjunto conseguiram o feito d elevar a primeira dupla portuguesa verdadeiramente ao palco olímpico nesta categoria.
O Rubi está velho e já não pode concorrer, mas Gustavo Carvalho já se prepara montando o seu novo cavalo também ele puro sangue lusitano.
Fiquei abismado com o que é necessário para esta competição, uma equipa enorme, muito treino e valores (que não foram divulgados) mas que devem ser muito elevados. A roulotte de transporte dos animais é um sonho.
É importante divulgarem estas atividades desportivas que não são muito faladas e que estão em franca ascensão de resultados.
Muita força para a Federação de Hipismo, para os donos e especialmente para os cavalos e seus cavaleiros.
Força Portugal. Força Gustavo Carvalho
Agosto 28, 2015
Não podia deixar de parabenizar a grande vitória de ontem do Nélson Évora, que conquistou a medalha de Bronze na prova do Triplo salto dos Campeonatos do Mundo do Atletismo.
Mais uma grande marca para este já não tão jovem português, que conseguiu alcançar o seu melhor resultado da época com um salto de 17,52 metros.
Depois de ter passado os últimos anos com lesões Évora provou que com esforço tudo é possível.
E agora coragem e força no caminho para os jogos olímpicos – Rio 2016.
Agosto 27, 2015
O mês de Agosto muito pobre em eventos culturais, especialmente em Teatro está a terminar, e Setembro regressa com muitas das companhias a estrearem as suas novas produções.
É sinal que já vou ter mais alguma oferta para ocupar as quintas feira que se avizinham.
O teatro D. Maria II vai abrir portas dia 11 a 13 com eventos gratuitos, vão subir ao palco a trilogia das tragédias gregas reescritas por Tiago Rodrigues (o novo diretor deste teatro) entre vários eventos, uma homenagem a Eunice Munoz e a Primeira Feira do Livro do Teatro.
O Teatro da Trindade também regressa em força com a Mostra de Teatro dos países da América Latina, a oferta e muita e diversificada.
Vamos ver se consigo ver muitos, pois ainda terei uma semaninha de férias neste período, mas quero com muita força ver “O contrabaixo” de Patrick Susskind (autor de um dos meus livros preferidos – Perfume) que estará no Teatro São Luiz, Uma mulher sem importância de Oscar Wilde no Maria Matos pelo Grupo Truta e a nova encenação de Jorge Silva Melo – Jogadores de Pau Miró – pelos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica.
Quero tentar ainda passar no D. Maria II na Feira do Livro, há tão poucos e são tão raros de encontrar que é uma pena desperdiçar esta hipótese.
A minha rentrée teatral, ou melhor, o Regresso do grande musical Hotel Royal vai regressar mas apenas em Outubro, até lá beber um pouco de cultura para alimentar a alma.
Deixo-vos então a agenda teatral de Setembro, uma ssugestões:
Dia 02 a 13/09 – És Cena mostra teatro latino-americano – Teatro da Trindade
Dia 09 a 20/09 – Baile – Teatro São Luiz
Dia 09/09 (a partir) – Nome Próprio – Casino Lisboa
Dia 10 a 19/09 – Uma Mulher sem importância – Teatro Maria Matos
Dia 11/09 – Ifigénia – Teatro D. Maria II
Dia 12/09 – Agamémnon – Teatro D. Maria II
Dia 13/09 – Electra – Teatro D. Maria II
Dia 17/09 a 27/09 – Contrabaixo – Teatro São Luiz
Dia 25 e 26/09 – A Mentira – Teatro D. Maria II
Dia 25 e 26/09 – Mujeres Y Criados – CCB (Mostra Espanha)
Dia 23/09 a 24/10 – Jogadores – Teatro da Politécnica
Em data a designar – República das Bananas – Teatro Politeama
Em data a designar - Revista quer é Parque – Teatro Maria Vitória
Divirtam-se e Viva o Teatro!
Agosto 27, 2015
Há vidas perdidas em terras distantes,
Há minutos que correm incessantes,
Há sonhos que tornam olhos lacrimejantes,
Há gaivotas que podiam nunca ter voado antes.
Portanto, tu gaivota que desafias o céu, a terra e o mar,
Toma cuidado com tudo o que te quer parar de voar.
Voa em busca do bem precioso,
Que pode ser um galho, um seixo ou uma lata a brilhar.
Chega de ficar parada na rocha a ver as ondas a rebentar,
Chega de ficar especada a observar,
Reage, acorda e levanta voo
E assim talvez os teus sonhos consigas alcançar.
PMC 08/2015
Agosto 26, 2015
É já no Natal que estreia o segundo filme de Leonel Vieira, de homenagem ao antigo cinema português, este remake conta com argumento de Tiago R. Santos, autor do argumento de Os gatos não têm vertigem que tantos prémios e reconhecimento obteve durante o ano passado.
Neste remake Leonel Vieira aplica a mesma fórmula que aplicou no sucesso Pátio das Cantigas, ou seja a mesma história base, um argumento completamente diferente do anterior Leão da Estrela e atores bem conhecidos do panorama televisivo.
Pelo que vi no trailer do filme apresentado no ínicio da sessão de O Pátio das Cantigas, o filme promete ser bastante engraçado e com interpretações que vão surpreende. Miguel Guilherme parece ir muito melhor do que no 1º filme desta trilogia, Sara Matos e Dânia Neto prometem voltar a arrasar e a presença do grande José Raposo como o Barata promete soltar muitos sorrisos.
Do elenco vão ainda fazer parte Ana Varela, Manuela Couto, Aldo Lima, André Nunes e Alexandra Lencastre.
A história baseia-se nas mentiras da família do Leão da Estrela, que aqui é do Sporting de Alcochete para tentar convencer o seu rival barata a deixar casar os filhos de ambos.
Muito Sucesso para esta estreia natalícia e novamente muito público.
Agosto 26, 2015
Depois de muitos comentários lidos, de ouvir as mais diversas opiniões, depois do sucesso alcançado no passado fim de semana tornando-se o filme português mais visto de sempre no cinema, eis que tomei coragem e fui assistir ao Pátio das Cantigas.
O Pátio das cantigas de 2015 tem um argumento baseado no homónimo dos anos 40, no entanto exceto as histórias bases (amor de rosa, Rufino e Evaristo; o amor de celeste e magrinho, e o roubo que ocorre no pátio) tudo é diferente. Ou seja, a história condutora principal mantém-se tal como o nome das personagens mas nesta modernização tudo o resto altera.
É de salientar a coragem de Leonel Vieira em tomar como seu este Pátio, ou direi melhor, inteligência. Se este filme se chamasse X ou Y iria ser mais um fiasco de bilheteira do cinema português assim Leonel Vieira conseguiu chamar o mais diverso público às salas. Os velhos correm para recordar, os de meia idade para comparar, os mais novos vão atrás dos atores que enchem a televisão. Receita que está a colher bons frutos.
Mas agora analisando com algo detalhe terei de concordar que o argumento é um pouco desenxabido, as histórias encontram-se mal ligadas e com alguns defeitos de continuidade. Salva este filme pela fotografia, que acho que é bastante cuidada e pelos bons décors. As piadas simples e as comédias de situação criadas estão boas e cuidadas.
Brilhante está a maioria das interpretações por parte dos nossos atores. Se o antigo filme para mim vive do trio masculino (Santana, António silva e Ribeirinho) este novo pátio vive das excelentes interpretações do elenco feminino: Dânia Neto numa primorosa e sensível Rosa, Sara Matos numa atrevida e maldosa Amália e Anabela Moreira numa ingénua Susana.
Depois existem alguns intérpretes masculinos que brilham neste filme, e que elevam os seus personagens a outro patamar: Aldo Lima no magrinho, Rui Unas no Carlos Bonito e brilhantemente José Pedro Vasconcelos no novo engenhocas.
Manuel Marques apesar de ir bem no papel de Rufino tem pouco destaque, César Mourão vive da sua graça natural no papel outrora desempenhado por Santana e o mais ingrato cabe a Miguel Guilherme que desempenha o famoso Evaristo, anteriormente defendido por António silva.
Se é verdade que António silva vivia do seu boneco, criado e igual em todos os filmes, mas que transmitia uma graça falsa mas hilariante, Miguel Guilherme recria um boneco de uma película antiga mas que não cai bem no desenrolar deste filme. Não sei se foi uma decisão sua, se do realizador, ou algo imposição comercial, mas não resulta. Percebe-se que não é uma cópia de António silva mas representa um jeito de representar falso do antigamente. Apesar de ser um ator fabuloso poderia brilhar mais se não tivesse optado por esta interpretação. Pela apresentação do próximo filme da trilogia – O leão da Estrela – a representação vai mudar, o que poderá ser benéfico para o seu desempenho.
No fim das contas parabenizo todo o elenco, e a grande homenagem que se fez ao cinema antigo. Esse cinema antigo que era comercial e de massas. Hoje se existirem boas parcerias comerciais e publicitárias, e uma boa divulgação um filme português pode também ser comercial e obter sucesso financeiro.
Surpresas muito engraçadas: o final de Bollywood (devem ter retirado a ideia do meu espetáculo Hotel Royal :)), a cena do baile e o final da Maria das Graças (Oceânia Basilio).
Viva o cinema Português.
Agosto 25, 2015
Em 1975, após a guerra colonial, Moçambique renasce, ou tenta renascer.
Uma das políticas instauradas é a renovação das mulheres e a sua “evangelização”, das ruas são retiradas milhares de mulheres da vida que são enviadas par um campo de treino onde irão aprender a fazer o que as mulheres devem fazem: cozinhar, cuidar das casas, dos filhos, saber de agricultura, saber trabalhar no duro, abrir estradas.
Tornam-se num exército de prostitutas em defesa destes novos ideais moçambicanos.
Margarida é uma jovem de 16 anos, virgem, de famílias simples e oriunda das selvas, e que por engano é também encaminhada para este campo.
A história foca-se assim num núcleo de 4 mulheres: Margarida a virgem, Rosa a prostituta de 3ª que é brava e destemida, Luísa a prostituta de 2ª que é frágil, e Susana que é uma prostituta “bailarina” de primeira que sonha em voltar a ver os seus filhos.
Um filme moçambicano de 2012 de Licinio Azevedo, e com argumento do próprio em parceira com Jacques Akchoti, com interpretações um pouco amadoras de Sumeia Maculero, Rosa Mario, Ermelinda Cimela e Iva Mugalele.
A imagem e os planos não são os melhores, mas chega a um momento que parece que estamos a ser uns pequenos pássaros que avistam este campo de treino.
Vale a pena ver pelo esforço de uma indústria cinematográfica muito pobre e pelo conhecimento de uma história.
Agosto 24, 2015
Durante este fim de semana, mais propriamente no sábado fui jantar a um restaurante italiano perto da casa dos meus pais que já conhecia há imenso tempo.
O Restaurante chama-se Don Calzone e era um dos meus restaurantes italianos preferidos, com uma ementa vasta mas com produtos de extrema qualidade.
No entanto, fiquei bastante desiludido, pois a qualidade da confeção piorou bastante face aos parâmetros a que estava habituado. É certo que não passou para um escalão de desagrado total mas também deixa muito a desejar.
O carpaccio que serviu de anti-pasti era seco e sem qualquer sabor fenomenal, acho que compraram em qualquer superfície comercial daquele embalado e dispuseram-no sobre uma cama de rúcula com 3 pingos de balsâmico para disfarçar.
Numa divisão de pratos provámos um calzone quatro estação, uma simples pizza de queijo e fiambre e tortellinis com recheio de ricota. Se bem que o calzone estava bem recheado e com produtos que aparentavam algum cuidado, por exemplo os camarões grandes e bem confecionados, a piza simples está do pior. O molho de tomate lembrava molhos comprados em hipermercados e dispunha sem qualquer gosto e cuidado fatias gigantes de fiambre.
Os tortellinis estavam bem cozidos, mas o seu recheio haveria de estar em qualquer outro local porque no meu prato não o encontrei, salvou o molho de tomate com cogumelos e Baco que envolvia aquela pasta.
As sobremesas salvaram a noite com os profiteroles regados com chocolate, gelado e natas e a pannacota deliciosa.
Final das contas acho bem que voltem a esforçar-se por conseguir manter a cliente, porque caso contrário correm o risco da má reputação.
Dou o beneficio da dúvida, pois o cozinheiro poderia estar de férias, em todo o caso é preciso cuidado na diferença de pratos que servem.
Agosto 21, 2015
Numa França Rural, onde predominam as muitas feiras de produtos frescos, as quintas e os campos agrícolas vive uma família especial – a família Bélier – uma família composta por 3 pessoas surdas (pai, mãe e filho mais novo) e uma cantora fenomenal (a filha).
Paula Bélier, é essa jovem que se vê numa luta diária constante entre os seus afazeres de estudante e a vida árdua de agricultora, criadora de gado, vendedora de queijos e a sua maior profissão do mundo intérprete de língua gestual.
A história é simples, e podemos caracterizar quase como uma espécie de comédia romântica. Há imensos filmes americanos assim, a jovem com um talento enorme, que luta contra a sua família para seguir o sonho e entrar numa escola de artes famosa e conceituada. A receita é já muito utilizada, mas neste filme a diferença passa exatamente pelo antagonismo entre a pessoa que canta e a sua família que é surda e quase que está isolada do mundo devido à sua deficiência.
É essa abordagem que valorizo no filme, acho que está muito bem conseguido. Não sei se realmente os atores estão a falar uma língua gestual francesa perfeita, pois não a entendo, mas seja como for a abordagem está estupenda.
Saliento 3 momentos marcantes que me arrepiaram: O concerto de Paula no coro da escola, em que o realizador nos dá a perspetiva dos surdos, em que vemos a imagem e não ouvimos absolutamente nada; a cena em que o pai se encosta ao peito da filha para “ouvir” a canção; e a cena final em que a canção maravilhosa que Paula interpreta é acompanhada de língua gestual.
A escolha da banda sonora, repleta de músicas francesas clássicas é fabuloso, a interpretação dos atores vai extremamente bem de destacar Karia Viard – que desempenha Gigi a mãe surda muito acelerada, vaidosa e até um pouco louca, François Damiend – que desempenha Rodolph, e obviamente Louane Emerc que tem uma voz fabulosa e que desempenha muito bem este primeiro papel no cinema.
É um filme simples, provavelmente para muitos, dispensável, mas este filme trouxe-me muitas recordações boas, inclusive uma das minhas primeiras reportagens na RTP2 exatamente sobre esta temática: Música para surdos.
Pelo menos que este filme sirva para acabar com a discriminação que ainda existe para a comunidade surda.
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