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Rotas do Mundo

Pedro around the World... My life, my dreams, my favourite things

Amor e Informação: Uma noite de Teatro Inesquecível

Maio 22, 2017

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“Ama-se e deixa-se de amar, perde-se a memória de quem se amou, recorda-se os tempos de amor, faz-se o luto, vai-se à procura da intensidade do sentir longe da civilização, tem-se uma paixão virtual difícil de explicar, idolatra-se uma estrela até à loucura. Quer-se saber mais, esconder o que se sabe, revelar segredos, não esquecer nada, conhecer o futuro, perceber a dor, o medo, o significado das palavras, o sentido da vida” - É esta a apresentação da peça “Amor e Informação” que se encontra em cena no Teatro Aberto em Lisboa, e que ontem assisti com enorme prazer e deleito.

Uma peça de teatro diferente das muitas que hoje estão em cena nos nossos teatros, uma visão atual da sociedade do conhecimento, da antiga sociedade polegar que hoje dá lugar ao “touch”. Entre uma excelente seleção Vídeo, a caixa mágica que poderá ser qualquer televisão ou um tablet abre-se diante do público para assistir a um sem fim de cenas.

Ao início estranha-se, depois entranha-se e por fim vive-se, é como se estivéssemos a fazer o nosso próprio zapping da vida. Da nossa vida, da de pessoas que conhecemos. É um desenrolar de 50 histórias com centenas de personagens que nos percorrem o cérebro fazendo-nos pensar. Afinal todos queremos o mesmo: Amor e Informação.

João Lourenço arrasa quer na adaptação da dramaturgia de Cary Churchil, quer na encenação fabulosa e extremamente eficaz, quer no seu cenário (em conjunto com António Casimiro) que é pensado magnificamente para o desenrolar desta peça.

Um elenco vasto, com figuras que João Lourenço já nos habituou, onde não podia faltar a grande Irene Cruz. Mas é especialmente os atores mais jovens que me fizeram sonhar e acreditar que o Teatro Português pode continuar em ascensão, basta que haja também interesse público e político.

Tenho que salientar a interpretação de Ana Guiomar, João Vicente e Rui Neto, que a maior parte de todos deve conhecer das telenovelas portuguesas. 3 Jovens da minha geração que brilham nos mais infindáveis papéis. A cena de Ana Guiomar da fanática, a cena da Memória e do artista dos quadros de João Vicente, a versatilidade de Rui Neto com o seu olhar profundo são verdadeiramente fabulosas.

Mas a grande revelação para mim é a de Patricia André, nunca a tinha visto a pisar um palco, e fiquei apaixonado. Parabéns! Nas muitas personagens que faz muda de caráter, de estilo, de intensidades, de sentimentos até fisicamente. A cena do laboratório em que com um ar cómico/assustador relata o corte das cabeças dos pintos é um sonho!

Por fim tenho apenas que entristecer-me com uma coisa... Nem tudo é perfeito! Neste caso apenas a plateia, que se encontrava quase vazia. É uma pena que este elenco não tenha todas as sessões esgotadas.

Está na hora de olhar para o Teatro como parte integrante da cultura da sociedade Civil!

Talvez agora com a possibilidade de investimento estrangeiro na cultura para obter os vistos Gold alguma coisa mude... Venham chineses, venham russos e angolanos que apoiem o Teatro.

Amor e Informação recomendo Vivamente. 4 Estrelas!

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Mãe

Maio 03, 2015

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Mãe!

Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei.

Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! verdadeiro, encarnado!

Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!

Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!

 

Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.

 

Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.

 

Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!

Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade.

A Culpa é das Estrelas

Abril 30, 2015

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Uma história de amor... mas nem todas as histórias de amor são iguais...

Hazel Grace uma jovem de dezasseis anos vê-se há uma década a lutar com um cancro pulmonar, uma doença grave e terminal que a obrigam a levar um garrafa de oxigénio permanentemente consigo. A morte era certa até entrar num programa inovador de testes de um fármaco novo. As coisas parece que resultam minimamente conseguindo Hazel a sobrevivência. Uma adolescente forte e corajosa que tem como medo a sua morte, não por morrar mas por não saber como os seus pais reagiriam ao seu adeus.

Hazel isola-se do mundo e foca-se apenas num romance escrito por Peter Van Houten, que retrata a temática de um amor entre pessoas com cancro.

Obrigada pelos seus pais a visitar um centro de jovens com cancro conhece Augustus, um jovem que sofre de osteosarcoma e que teve de amputar uma das suas pernas.

Como qualquer filme romântico os dois vão-se apaixonar, conhecer, tornarem-se inseparáveis. Um dos sonhos de Hazel é conhecer o seu escritor de eleição que vive em amesterdão.

Augustus realiza o seu sonho e vivem momentos marcantes para si, no entanto Peter Van Houten consegue estragar com o seu alccolismo e estupidez o sonho de hazel.

Quando tudo parece que acalma, Hazel recebe uma chamada de augustos para ir ter com ele a uma bomba de gasolina, quando lá chega, o seu apaixonado encontra-se desfigurado de dores. ali ele siz-lhe a verdade o cancro tinha espalhado pro todo o organismo e tinha pouco tempo de vida.

Para saber como seria o seu velório, organiza um pré-velório para ouvir as palavras da sua amada, mas essas palavras no dia que deviam ser ditas são mais institucionais e menos sentidas.

A vida não é infinita, o amor também não... no entanto há alguns infinitos que são maiores que outros.

Um filme de 2014 baseado no romance hómonimo de John Green realizado por Josh Boone e com adaptação de Michael H.Webber e Scott Neustadter.

Destaca-se nos papéis de protagonistas Ansel Elgort como Augustus e Shailene Woodly como Hazel. Um elenco completado ainda por Nan Wolff como um dos melhores amigos com um desempenho muito bom, Willem Dafoe como Van Houten e Laura Dern como a mãe de Hazel.

Boas interpretações para o género de filme e para mim a revelação da atriz Shailene Woodly, que após este filme e a vaga de divergente promete ser a próxima jovem estrela de Hollywood.

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I don't make love, I fuck ... hard

Abril 26, 2015

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Em 2011 a britânica EL James escreveu a trilogia as 50 sombras de Grey, que no espaço de 6 Semanas vendeu mais de 10 milhões de cópias, tornando-se num dos maiores best sellers de sempre.

Em Fevereiro deste ano estreia no cinema em Portugal o primeiro episódio destas sombras, agora em filme e com realização de Sam Johnson, e assisti a loucura do público feminino a esgotar salas.

A minha curiosidade era alguma, mas o que será que EL James escrevera que tinha tornado esta história num fenómeno?

Então este fim semana lá vi o tão badalado filme.

Um romance com alguns toques de erotismo que conta a história de Anastasia, uma estudante de literatura inglesa, que a pedido da sua amiga conhece Christian Grey, um jovem milionário e empresário de sucesso.

De um lado o feminino, frágil, doce, meigo, romântico e puro do outro o masculino forte, experiente, vaidoso e confiante.

E como qualquer romance a jovem apaixona-se por este homem enigmático e vai conhecelo a fundo até conhecer o podre gosto por BDSM - sádico e masoquista.

E ai ela vai ser iniciada em algo que não imaginava, e vai tentando conquistá-lo para o mundo do Amor.

Como não li os livros não sei o final da história mas calculo que vença o amor e romance, mas para mim um bom final seria a inversão dos papéis entre Grey e Anastasia.

Enquanto espero pelo próximo filme vou adotar a deixa de Grey... I don't make love, I fuck hard...

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The water Diviner - Promessa de uma vida

Abril 26, 2015

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Nos tempos passados, algures em 1900, na Austrália um homem rude e corajoso é o descobridor de aguas subterraneas no meio do deserto vermelho australiano. Ali debaixo de calor e tempestades de areia infernais educa os seus 3 filhos com força, coragem e sonhos. A magia dos contos das mil e uma noites fazem-nos voar para terras árabes em cima de tapetes mágicos.

Não foi um tapete mas uma guerra que anos mais tarde e de forma a honrar o Reino Unido que os jovens entram na Turquia para conquistar o antigo império Otomano.

Mesmo gritando as palavras mágicas, acabam á partida por morrer os 3 numa das batalhas que pôs turcos contra britânicos.

Na Austrália o desespero leva a mãe a suicidar-se num dos poços descoberto pelo pai. E sobre o leito da mulher que amava promete ir buscar os corpos dos seus filhos que se encontravam desaparecidos.

Esta é a premissa para o desenrolar desta história emocionante e fantástica, onde o advingador de águas vai também ser o descobridor dos seus próprios filhos.

Tendo como cenário a fantástica cidade de Istambul vamos sonhando e acreditando como a personagem brilhantemente interpretada por Russel.

Uma história de esperança, crença, valores.

Gostei... E para saber mais é só ir a uma sala de cinema mais próxima.

Simple Alice – O meu nome é Alice

Março 31, 2015

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E ontem decorreu mais uma noite de Cinema em Casa, já há alguns tempos que andava para ver este filme – O meu Nome é Alice, filme que deu a Juliane Moore o Óscar de melhor Actriz este ano.

O filme conta a história de Alice, uma professora catedrática de Linguística de grande sucesso, que exercia funções na Universidade de Columbia, Nova Iorque, e escritora de alguns livros de investigação.

A história começa com o primeiro sintoma de uma doença neurologia aos 50 anos da personagem, mas como este filme é uma história que aborda as memórias, rapidamente percebemos o passado de Alice. Uma jovem lutadora que com 18 anos vê morrer a sua mãe e a sua única irmã, e que vive com o seu pai alcoólico até este falecer de Hepatite.

A jovem lutadora conseguiu tirar o seu curso com dedicação, estudo e um QI acima da média, e ao mesmo tempo criar uma estrutura familiar nova composta por um esposo dedicado e 3 filhos diferentes mas que em comum amam a sua mãe.

E é numa simples corrida que se perde, no espaço que percorrera tantas e tantas vezes. Começa a esquecer-se de algumas palavras, de algumas situações, e BUMB!!! Descobre que tem Alzheimer – doença neurológica que tantos de nós utiliza para brincadeiras e piadas mas com que não é nada fácil de conviver.

A partir vê-se o declínio desta mulher, desta mãe, desta força da natureza, até se perder num mero corpo sem memória.

Juliane Moore têm uma interpretação notável, que lhe valeu o Óscar, e foi merecido. Fantástico Desempenho.

A todos aqueles que um dia possam chegar a esta fase, espero verdadeiramente que consigam abrir o filme colocado na pasta da borboleta e que cumpram as suas próprias instruções. A nossa condição humana não deveria chegar até à vergonha da Alzheimer.

Enquanto não há cura que haja esperança.

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Amor e Informação: Uma noite de Teatro Inesquecível

Março 12, 2015

 

 

“Ama-se e deixa-se de amar, perde-se a memória de quem se amou, recorda-se os tempos de amor, faz-se o luto, vai-se à procura da intensidade do sentir longe da civilização, tem-se uma paixão virtual difícil de explicar, idolatra-se uma estrela até à loucura. Quer-se saber mais, esconder o que se sabe, revelar segredos, não esquecer nada, conhecer o futuro, perceber a dor, o medo, o significado das palavras, o sentido da vida” - É esta a apresentação da peça “Amor e Informação” que se encontra em cena no Teatro Aberto em Lisboa, e que ontem assisti com enorme prazer e deleito.

Uma peça de teatro diferente das muitas que hoje estão em cena nos nossos teatros, uma visão atual da sociedade do conhecimento, da antiga sociedade polegar que hoje dá lugar ao “touch”. Entre uma excelente seleção Vídeo, a caixa mágica que poderá ser qualquer televisão ou um tablet abre-se diante do público para assistir a um sem fim de cenas.

Ao início estranha-se, depois entranha-se e por fim vive-se, é como se estivéssemos a fazer o nosso próprio zapping da vida. Da nossa vida, da de pessoas que conhecemos. É um desenrolar de 50 histórias com centenas de personagens que nos percorrem o cérebro fazendo-nos pensar. Afinal todos queremos o mesmo: Amor e Informação.

João Lourenço arrasa quer na adaptação da dramaturgia de Cary Churchil, quer na encenação fabulosa e extremamente eficaz, quer no seu cenário (em conjunto com António Casimiro) que é pensado magnificamente para o desenrolar desta peça.

Um elenco vasto, com figuras que João Lourenço já nos habituou, onde não podia faltar a grande Irene Cruz. Mas é especialmente os atores mais jovens que me fizeram sonhar e acreditar que o Teatro Português pode continuar em ascensão, basta que haja também interesse público e político.

Tenho que salientar a interpretação de Ana Guiomar, João Vicente e Rui Neto, que a maior parte de todos deve conhecer das telenovelas portuguesas. 3 Jovens da minha geração que brilham nos mais infindáveis papéis. A cena de Ana Guiomar da fanática, a cena da Memória e do artista dos quadros de João Vicente, a versatilidade de Rui Neto com o seu olhar profundo são verdadeiramente fabulosas.

Mas a grande revelação para mim é a de Patricia André, nunca a tinha visto a pisar um palco, e fiquei apaixonado. Parabéns! Nas muitas personagens que faz muda de caráter, de estilo, de intensidades, de sentimentos até fisicamente. A cena do laboratório em que com um ar cómico/assustador relata o corte das cabeças dos pintos é um sonho!

Por fim tenho apenas que entristecer-me com uma coisa... Nem tudo é perfeito! Neste caso apenas a plateia, que se encontrava quase vazia. É uma pena que este elenco não tenha todas as sessões esgotadas.

Está na hora de olhar para o Teatro como parte integrante da cultura da sociedade Civil!

Talvez agora com a possibilidade de investimento estrangeiro na cultura para obter os vistos Gold alguma coisa mude... Venham chineses, venham russos e angolanos que apoiem o Teatro.

Amor e Informação recomendo Vivamente. 4 Estrelas!

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