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Rotas do Mundo

Pedro around the World... My life, my dreams, my favourite things

Postojna e Predjama: visitas pela Eslovénia

Novembro 04, 2016

A Aventura pela Eslovénia continua rumo ao sul e antes de entrarmos em território croata. As nossas paragens foram a dois dos mais visitados locais deste país: Postojna e Predjama.

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 Postojna é uma aldeia no centro da Eslovénia que detém um conjunto de grutas e cavernas das mais antigas da Europa, estando abertas ao público há cerca de 200 anos. Este local cavernoso é o sistema de grutas e cavernas mais comprido deste país com cerca de 24 quilómetros. Iniciamos a viagem num comboio percorrendo grande parte dos tunéis mas depois para apreciar a grandeza e riqueza deste espaço natural toca a percorrer uns bons quilómetros a pé debaixo de chão.

As cavernas têm algumas riquezas que marcam qualquer visitante, estalagmites gigantescas e estalactites de arrepiar, além de galerias de tamanho absurdo onde é possível caber cerca de 10.000 pessoas e onde se realizam muitos concertos devido à sua extraordinária acústica.

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 Os bilhetes para entrada têm o custo de cerca 23.90€ que incluiu além da descida às grutas a visita ao museu de Postojna e do Zoo “escuro”, uma exposição de animais que habitam as grutas de postojna e onde podemos ver de perto o estranho Proteus, uma espécie de salamandra sem pigmentação da pele e cega.

Depois seguimos até ao Castelo de predjama (predjamski grad), que fica a cerca de 10km de Postojna, um castelo retirado de um qualquer filme do “senhor dos anéis” ou de um conto de fadas. Este reduto é dos mais pitorescos da história da humanidade, que existe há cerca de 700 anos.

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 O castelo está situado “cravado” numa falésia de 123 metros de altura, sobre um vale de uma paisagem estonteante. Em tempos de cavaleiros o castelo oferecia uma defesa extraordinária, sendo praticamente impenetrável e destrutível.

Associado a este castelo existe a lenda do Tunel do Rei Erazem, que comunicaria o interior do castelo num túnel secreto com o topo superior da falésia.

Depois destas visitas, um almoço com vista para o castelo será uma boa opção e depois é caminhar para o próximo destino. Neste mesmo dia entrámos na Croácia e a viagem ainda é longa.

Segue mais da nossa aventura no tag: #balkanadventure

Jugoslávia: A Próxima Paragem

Agosto 31, 2016

Os dias vão passando e começou o countdown para as Rotas do Mundo partirem em descoberta de um novo destino, desta vez elegendo alguns dos Países pertencentes à Antiga Jugoslávia.

Os mais antigos sabem bem do que falo, mas os mais novos perguntam onde fica esse país?

Esse país, que neste momento já não é um país fica no sul da Europa, mais propriamente ente a Itália e a Grécia. Um território que sempre viveu com fortes tensões políticas e guerras civis, que pertenceu ao império austro-húngaro e que após a primeira guerra mundial nasce como país.

A sua criação originou na anexação de vários territórios compostos por “tribos” culturais diferentes, o que desde cedo originou divergências extremas. Um período, com pouco mais de 20 anos de história de lutas ideológicas e algumas revoluções à mistura, que terminou com a chegada da Invasão de Hitler.

Após a 2ª Guerra Mundial, e a vitória dos aliados a força socialista/ comunista manteve este território na sua esfera política. Era mais uma Republica socialista Soviética.

A instabilidade continua desde 1945 até 1989 com a queda do regime comunista. A partir daí começam a surgir eleições livres nas respetivas republicas.

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Em 1990, surgem os primeiros países independentes desta multiculturalidade: Croácia e Eslovénia. Em 1991, tornam-se independentes a Macedónia e a Bósnia.

Tudo parecia estar a correr bem, mas a perda de territórios a incorreta divisão de fronteiras, faz com que guerras civis se estendam até 1999, já bem perto da atualidade, com guerras onde até existiram presença de militares portugueses, como é o caso do Kosovo.

Apenas em 2006, o Montenegro e o Kosovo tornam-se independentes da Sérvia.

Agora são 7 países com boas relações diplomáticas, alguns pertencentes à União europeia, alguns adotaram o Euro como moeda oficial, sendo eles: Bósnia e Herzegovina, Croácia, Kosovo, Macedónia, Montenegro, Sérvia e Eslovénia.

As Rotas do mundo passarão por 5 destes países: Eslovénia, Croácia, Montenegro, Bósnia e Sérvia (excluímos Kosovo e Macedónia, que ficarão para uma próxima etapa dos Balcãs).

Serão muitos quilómetros, serão muitas fronteiras, serão vários tipos de moeda, serão muitas línguas, serão diversas paisagens: Serras, montanhas, planícies, lagos, cascatas, praias, cidades, ilhas, mares, rios, frio, calor, mundos turísticos e paraísos selvagens.

As rotas do Mundo prometem fotos, vídeos e um acompanhamento o mais diário possível do roteiro.

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 Rotas do Mundo

Aqui me encontro

Rotas do Caminho Português de Santiago

Junho 01, 2016

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Este pequeno diário não pretende ser um guia do Caminho Português para Santiago, muito menos ensinar alguma coisa sobre ele. Vou tentar retratar as experiencias que passei, as pessoas com que me cruzei e as varias historias com que fui presenteado. Os sentimentos, as emoções, os cheiros e os sons, esses serão impossíveis de descrever na sua plenitude, no entanto ficarão sempre guardados na minha memória.

Para quem pensa que fazer este Caminho é uma ousadia só ao alcance de alguns, deixo aqui uma frase de Fernando Pessoa que poderá faze-lo mudar esse estado de espírito: “Tudo é ousado para quem a nada se atreve”.

Espero que este roteiro desperte em quem o ler a vontade de fazer este Caminho. Será uma viagem que por certo irá recordar para sempre.

 

1º DIA - 26-09-2015 - Lisboa – Ponte Lima

Este Caminho não começa hoje. A ideia de fazer o Caminho para Santiago é uma vontade que cresceu ao longo de 1 ano. Até aqui várias coincidências foram acontecendo que reforçaram a ideia de o fazer.

Eram 7h22m da manhã, a 145km, seguimos em direção a Nine. A vontade de começar esta aventura é muita. Pela janela do comboio a paisagem passa por nós a grande velocidade, o que nos faz desligar do Mundo e tentar compensar as horas de sono em falta.

Tudo muda, quando apanhamos o comboio inter-cidades que faz a ligação de Nine a Viana do Castelo. Deixámos o conforto dos acentos do Alfa Pendular e passámos para o desconforto dos acentos rudimentares do inter-cidades. No entanto a paisagem lá fora faz-nos esquecer este pormenor. A velocidade do comboio permite desfrutar a beleza da paisagem do Norte de Portugal. As vinhas espalham-se pelas encostas como se de uma organização arquitetónica se tratasse.

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 Conseguimos, agora, ver o nome das estações por onde passamos assim como a sua arquitetura, o que nos faz recuar na história dos caminhos-de-ferro em Portugal.

 A ligação entre Viana do Castelo e Ponte de Lima é feita de camioneta.

A chegada a Ponte de Lima, perto das 13h.30, é feita com entusiasmo e alguma apreensão, afinal de contas é aqui que começará a caminhada. Depois de almoça e de fazer uma visita turística pela vila, juntamente com a Alexandra e a Paula fomos tratar do nosso alojamento.

A primeira noite foi feita no Albergue de Ponte de Lima. Dormir num quarto com mais 18 pessoas é uma experiencia nova para quem não foi à tropa.

Uma vez que fomos dos primeiros a chegar podemos ter contacto com alguns dos peregrinos que já vinham alguns dias no seu caminho. O cansaço visível na cara das pessoas, o coxear, os pensos e remendos nos pés, deu-me logo uma perspetiva do que se avizinhava nos dias seguintes.

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Neste dia retenho a frase de um casal português quando se referia às bolhas nos pés nesta caminhada: “ A maior bolha está na nossa cabeça”.

Percebi a mensagem que queriam passar. Tudo está na nossa cabeça. A força física por si só não me ia ajudar a fazer este caminho, iria ser necessário a maior das forças, a força mental e pensei:

“Durante o caminho irás passar por 3 etapas: A etapa onde tu simplesmente caminhas, afinal de contas, é para isso que aqui estás; A etapa onde o cansaço se começa apoderar de ti e onde vais continuar até à exaustão; Por ultimo a etapa onde tu superas a exaustão e entras no Caminho”

 

27-09-2015

Ponte Lima - Cerdal

Eram 6h30, o dia começa cedo, pensei eu. Quando acordei reparei que algumas pessoas já tinham saído do Albergue e iniciado a sua caminhada e as que ainda tinham ficado estavam já numa fase avançada na sua preparação.

Tratei de me preparar o mais rápido possível, arrumar tudo dentro da mochila e dar inicio à minha aventura. O pequeno-almoço foi tomado no café ao lado do albergue e daí parti juntamente com a Alexandra, a Paula, o João, o Luís e o Miguel.

O estipulado por nós era fazermos no primeiro dia 18km, distancia que separa Ponte de Lima de Rubiães. Posso confessar que esta viagem não foi programada ao pormenor e as pesquisas sobre o caminho foram poucas ou nenhumas; não sabia que caminho iria percorrer, nem muito menos qual o tempo que iria demorar a percorrê-lo. A única coisa que ficou alinhavada em Lisboa era em quantos dias iríamos fazer o Caminho e as respetivas etapas. Acho que para ser uma aventura o melhor é ir mesmo à descoberta e foi assim que iniciamos o Caminho.

Há dias na vida que nunca mais esquecemos, este irá ser um deles. Comecei por tentar assimilar tudo aquilo que me rodeava, procurando fazer parte do Caminho e não deixando que o Caminho passasse por mim.

Os primeiros quilómetros são suaves percorridos pelo meio de quintas e vinhas, como nos preparando para a chamada “etapa rainha” do Caminho. Aqui nos despedimos do nosso companheiro João que num ritmo mais lento fez o seu próprio Caminho.

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A Serra da Labruja será o primeiro obstáculo a ser ultrapassado. Esta serra tem tanto de belo como de intransitável. A sua elevada inclinação e as pedras que temos que ultrapassar faz-nos começar a conhecer os nossos limites e saber ultrapassa-los. O cimo da serra dá-nos a recompensa merecida, a paisagem faz-me ganhar todo o folgo perdido na subida. Aqui em cima senti-me livre, de braços dados com a Natureza como se fosse parte integrante da serra. Como depois da tempestade vem a bonança, o trajeto até Rubiães foi a descer.

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Antes mesmo de chegar a Rubiães parámos num café/roulotte onde podemos celebrar a primeira prova superada. A selagem foi feita com um brinde ao sabor de minis Sagres.

Passamos por Rubiães em ritmo de cruzeiro, parando só para carimbar o passaporte do caminhante. Seguimos em direção a Valença. O caminho começa novamente a subir mantendo-se nesta toada durante vários quilometros até à Capela de S. Bento da Porta Aberta. Maioritariamente campestre e florestal e com vários percursos empedrados, esta etapa lembra as estradas romanas. Passámos por vários cursos de águas e pontes romanas.

Antes de começarmos a subir novamente parámos para comer alguma coisa junto ao rio. Aí conhecemos uma nova peregrina a Ana. Uma rapariga de Carcavelos que caminhava sozinha desde sua casa, pretendia chegar a Finisterra, passando claro por Santiago de Compostela. Uma rapariga de coragem, por certo com grandes aventuras para contar.

Uma vez que passámos Rubiães intenção neste dia era chegar a Valença, mas o cansaço de cerca de 9 horas a caminhar, a habituação à mochila e a Serra da Labruja tornou isso impossível. A 8 km de Valença parámos num Albergue à beira do Caminho. Chama-se Quinta Estrada Romana. Fomos recebidos pelo seu dono - o Jeff.

O Jeff é um antigo jornalista Canadiano, que depois de ter sido correspondente na Rússia, na China, no conflito Israelo-árabe decidiu vender as suas casas no Canadá e em Londres e construir este albergue.

Como ele diz, “durante muitos anos andei pelo Mundo, agora é o Mundo que vem até mim”, numa alusão aos peregrinos de todo o Mundo e das histórias que eles lhe trazem. O Jeff lavou-nos a roupa e deu-nos jantar.

Slide5.JPGAo jantar juntaram-se mais 3 peregrinos, duas brasileiras e um checo. Respirava-se um bom ambiente e a conversa fluía com a troca de histórias. A história do Yang é impressionante. Caminhava em direção a Fátima. Vinha da sua terra natal, a poucos quilómetros de Praga. Saiu dia 18 de Abril de 2015 e já levava quase 4.000km nas pernas. Nesta altura todo o meu cansaço de um dia passou a ser irrisório no meio disto: As pessoas não são magnificas, são sim inspiradoras.

 

28-09-2015

Cerdal - Porriño

Hoje o dia começou pelas 6.30h da manha, a preparação das mochilas e a vestimenta já faz parte do no nosso dia-a-dia. O pequeno-almoço foi tomado no Albergue. Às 7.30h começou a nossa caminhada, com a companhia de duas novas caminhantes, a Luciane e a Carmen.

Seguimos então em direção a Valença com o objetivo de ver até onde as nossas forças nos levavam. A partir deste dia qualquer planeamento que se tenha feito da viagem deixou de fazer sentido. Acho que hoje começámos a deixar que o Caminho nos leve.

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 Passamos pela Praça-Forte de Valença, percorremos as muralhas da Cidade, passando de seguida a ponte metálica sobre o Rio Minho que nos encaminha até Tui – Espanha. A travessia desta ponte toma maior significado pois entramos noutro País, o que traduz algumas alterações, tais como idioma, a gastronomia e as tradições. A partir de hoje deixamos de desejar um “Bom Caminho” para passarmos a desejar um “Bon Camiño”.

Em Tui atravessamos as ruas medievais do Burgo que nos leva em direção à Catedral. Um local magnífico que merece sempre uma visita. Aproveitámos para nos sentarmos nas escadas da Catedral e abastecermos o estômago com alguma coisa. Por aqui deixámos a Carmen. Ela caminhava sem mochila, pagava um serviço de transporte de mala até a próxima localidade, teve de tratar do próximo transporte.

Continuámos a nossa caminhada, passando um percurso de estrada, entrámos em paisagens de bosques acompanhados por pequenos riachos.

Enquanto fazíamos uma pausa para aliviar as costas e os pés a Carmen passou por nós. O Albergue de Tui estava fechado e só abria às 15h então ela decidiu seguir sozinha até Porriño.

Voltámos mais à frente a encontra-la mas desta feita em sentido contrario. Só lhe conseguiam entregar a mochila no dia seguinte. Lição do dia: Não esperes que os outros carreguem o que é teu. Sempre que dependeres de alguém para fazer o teu dever, estás bem lixado.

Pelas 14h parámos num café para restabelecer energias, beber umas cañas e comer umas sandes de presunto. Reparei num jovem, sozinho, sentado ao balcão munido de tecnologia avançada a beber uma caña. Convidei-o a juntar-se ao nosso grupo. O Kim é um jovem Sul Coreano que há 5 anos que andava para fazer o Caminho. Este ano decidiu fazê-lo sozinho.

A partir daqui iríamos percorrer uma enorme e extensa reta de asfalto, atravessando um Parque Industrial. O progresso aqui “matou” a história, ou melhor, fez outra história do Caminho. O fresco dos bosques foi substituído pelo calor das fábricas, a ausência de sombra é uma constante, e o caminho empedrado da antiga estrada romana foi substituído pelo alcatrão quente.

A estrada não tinha fim e não havia maneira de chegarmos a Porriño onde iríamos pernoitar. O asfalto deu cabo de mim, a roupa colava ao corpo e o calor do alcatrão fazia-se sentir nos ténis e pés.

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 Chegados à Porriño encontrámos uma cidade em festa. Depois de banho tomado e mazelas remendadas fomos jantar. O grupo estava agora reduzido a mim, à Paula, Xana, Miguel e Luciane, o Kim tinha seguido sozinho até Redondela. Amanhã continuaremos a nossa caminhada. Onde irei parar não sei, como diz o Jeff: “o caminho é que me escolhe.”

 

29-09-2015

Porriño - Arcade

O dia começou com 1 hora de atraso, resultado do fuso horário e respetivo atraso no despertador. Saímos de Porriño em direção à localidade de Mos, respirou-se fundo porque o caminho fazia-se sempre a subir.

Passámos pela Igreja de Santa Eulália, pelo Palácio de Mos e continuámos a subir até ao Monte de Santiago de Anta.

Ao longo dos dias várias foram as mensagens de força e encorajamento, no entanto gostaria de destacar a mensagem de uma amiga que naquela altura que a recebi foi como tivesse tomado um energético ou “atestado” o deposito para o resto do dia: “Nada existe tão alto que o Homem, com a força de vontade, não possa apoiar a sua escada”. É verdade, com força de vontade e querer conseguimos, sem dúvida, superarmo-nos.

A paragem para almoço foi feita na cidade de Redondela. As paragens para almoço, caso sejam extensas, podem ser um dos teus inimigos no Caminho. As tardes nunca são como as manhãs, são sempre mais dolorosas, onde o cansaço se apodera sempre do teu corpo e começas sempre a fazer contas de cabeça. Faltar 3km para qualquer coisa significa sempre mais 1 hora de caminhada.

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 A saída de Redondela é feita pela capela das Angustias, passa-se a ponte sobre o caminho-de-ferro e entra-se numa zona de árvores, subindo até ao Alto da Lomba, um local com uma vista deslumbrante sobre a ria de Vigo.

De seguida começamos a descer suavemente até Arcade.

A chegada a Arcade foi feita em esforço. A cara das pessoas refletia isso mesmo. Antes de sabermos se havia dormida ou se teríamos que continuar a caminhar o chão serviu-nos de assento e nem as malas foram tiradas das costas. Nesta altura a mochila e o seu peso já era um complemento do nosso corpo.

Neste dia passámos a parte do caminhar por caminhar e entrámos na exaustão. Sabia que esta exaustão não iria simplesmente desaparecer, mas daqui para a frente iria entrar na terceira fase do Caminho.

 

30-09-2015

Arcade - Briallos

Saímos de Arcade ainda de noite. O pequeno-almoço foi tomado num hostel ao lado da nossa pensão. Com o dia a nascer entrámos num dos troços mais bonitos do Caminho. Atravessámos as ruelas empedradas de Pontesampaio, descendo até ao Rio Ullo. Apanhámos o nascer do sol enquanto atravessámos a ponte sobre o Rio Ullo. O cenário com que nos deparámos é de rara beleza. Atravessámos a encosta da Conicouba e uma paisagem agrícola que se estende até á estrada de Pontevedra.

Neste momento, melhor que encontrar um Bar para beber umas cañas e refrescar, só mesmo encontrar uma Farmácia para reabastecimento dos “remendos”.

Perdi a noção dos dias, não sei quantos dias levo de Caminho, nem que dia da semana é. Não pensei que isto fosse possível acontecer, mas a verdade é que aconteceu. Apesar de não ter noção do tempo, sinto que estou a viver o momento: o que me faz sentir vivo.

O que nos “ mata” nos nossos dias é o relógio. Somos reféns deste pequeno aparelho e acabamos por viver em função dele. Tudo na vida real é feito com horários. O Caminho tem esse dom, permite-nos viver livres de horários.  

Atravessámos o centro histórico de Pontevedra, que tem origens medievais, passando pela Igreja da Virgem Peregrina, cuja planta é em forma de Vieira. Trata-se de um dos pontos de referência para as devoções dos peregrinos. Passámos pela ponte milenária de “O Burgo” que atravessa o Rio Lérez.

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O almoço hoje foi feito em género de pic-nic à saída de Pontevedra, momento aproveitado para restabelecer forças e reabastecer as garrafas de água. Deixámos agora de caminhar em cidade e voltámos aos campos agrícolas e florestas até chegar a Barro. O passo a que caminhámos é lento mas nada que nos preocupe. Como diz uma famosa frase local: Una tortuga conocemejor el camino que una libere.

Até Briallos fomos alternando a paisagem entre caminhar em estrada nacional e caminhar pelo meio das vinhas. Escusado será dizer qual o cenário é aproveitado para tirar fotografias. Chegados a Briallos, o nosso dia já leva cerca de 10 horas de caminhada e nesta pequena localidade encontra-se o ultimo albergue antes de chegar a Caldas de Reis. É notório que ali vamos ter que ficar, quer seja no albergue quer seja no chão. Não há força para mais.

Chegados ao Albergue, parecia que tínhamos encontrado um sítio abandonado. Fomos recebidos por um peregrino que nos encaminhou para os dormitórios e disse “estejam à vontade”. Tudo aquilo era no mínimo estranho, mas com o cansaço do dia, nada disso importava. Tem cama, tem casa de banho, então ficamos.

Depois de instalados enquanto esticava as pernas fui presenteado com mais uma história de um peregrino. Trata-se do senhor José António Garcia, pescador de 65 anos, há alguns anos atrás a embarcação onde seguia, na pesca do bacalhau nos mares da Noruega, naufragou tendo morrido 16 dos 17 tripulantes. O dia 1 de Janeiro de 1999 mudou a sua vida. Somente o Sr. António Garcia escapou a este acidente, os minutos que permaneceu nas águas da Noruega foram decisivos para a sua vida. A promessa feita à Santa Padroeira dos marinheiros, Virgem Carmen foi percorrer todos os caminhos peregrinos que o levem a todos os santuários, de todas as religiões do Mundo. Atualmente leva 105.000km nas pernas.

Estava na hora de ir arranjar alguma coisa para jantar. Estamos em Briallos, uma localidade onde não existem restaurantes, os cafés estão fechados e a única coisa que está aberta é uma pequena mercearia. Chegados ao local o pensamento que me ocorreu foi “hoje não há jantar para ninguém”. A mercearia resumia-se a uma única prateleira. Lá conseguimos encontrar um pacote de massa, umas latas de atum e uma tablete de chocolate. Lá seguimos nós para o albergue para jantar o que havia.

Nesse dia conseguimos do pouco fazer o muito, do simples fazer o luxo e o que parecia ser uma noite de pesadelo transformou-se num banquete divertido e até musica conseguimos arranjar (milagre dos smartphones).

O Caminho também é isto. São as pessoas com quem nos cruzamos, as histórias que ouvimos e as experiencias por que passamos.

 

01-10-2015

Briallos - Padron

Hoje levantei-me e não conseguia descobrir um ponto do corpo que não doesse, no entanto esta preocupação não dura muito tempo pois só temos uma solução, continuar o nosso caminho. Ainda faltava caminhar 5km para encontrar um local para tomar o pequeno-almoço.

Começámos a caminhar ainda de lanternas ligadas. Se o cansaço à chegada a Briallos era muito, a noite de descanso não parece ter ajudado a curá-lo.

A Luciane e a sua boa disposição, típica do povo brasileiro, foi a lufada de ar fresco que nós precisávamos para começar a ganhar ritmo. A música que ela inventou só faltava ser acompanhada com o ritmo de samba.

Desta forma pelo meio de vinhas e de pequenas aldeias seguimos em direção a Caldas de Reis. Chegados a esta cidade parámos logo para tomar o pequeno-almoço, junto á ponte do rio Umia. Esta jornada tem a particularidade de levar-te a Padron que é onde começa a última etapa antes de chegar a Santiago. Mas antes disso ainda iríamos passar por 2 montes e 3 rios.

Depois de percorrermos Caldas de Reis entrámos numa subida, por entre prados e bosques, que nos leva à povoação de Carracedo. Aqui aconteceu a surpresa do dia. Fomos convidados a entrar na creche da aldeia e interagirmos com as crianças. O projeto desta escola é no mínimo inovador, pelo menos para mim. Os peregrinos são convidados a entrar na sala de aulas, a participar nas atividades escolares juntamente com o resto das crianças e a falar sobre o seu país ou cidade. O intuito é dar a conhecer às crianças que o Mundo não é só a aldeia onde vivem e que existem culturas, pessoas e países diferentes daquelas com que estão habituadas a conviver.

O final deste convite inesperado foi selado com uma foto de grupo e com uma imagem que jamais se poderei esquecer: as crianças à janela da escola a despedirem-se e a desejar um “Bon Camiño”.

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 Continuámos o nosso caminho por entre florestas, onde podemos encontrar alguns moinhos de água, algumas subidas até começarmos a descer para Pontecesures. Aqui parámos para almoçar. A fome era muita, mas nada que o menu peregrino não resolva. Dois ovos estrelados, duas cañas, salsicha e batata frita fazem as delicias de qualquer um.

Já não faltava muito para Padrón. À chegada à cidade passámos pelo monumento alusivo às senhoras responsáveis pela apanha dos famosos Pimentos Padrón. Caminhámos até ao centro da localidade com o intuito de arranjar alojamento. Chegados à ponte podemos avistar no cimo a Igreja e uma quantidade de ruelas para visitar.

Depois de alojamento garantido e banho tomado fomos descobrir um pouco mais sobre Padrón e a sua história. Visitámos a Igreja de Santiago onde nos foi contada a lenda da chegada dos restos mortais de Santiago a Padrón.

“A chegada de Santiago Maior, proveniente da Terra Santa, é o ponto de partida da tradição Jacobeia. Desde que os seus restos mortais foram levados para Santiago Compostela, Padrón tornou-se o início da rota até ao sepulcro para os peregrinos que chegam por mar. A barca que transportou o corpo do Apóstolo foi presa ao antigo “O Pedrón”, pedra romana situada no cais para prender os barcos, que deu origem ao nome do concelho (Padrón).”

De seguida percorremos as ruas e ruelas de Padron até encontrar um local para jantar. Amanhã será a última etapa do Caminho. A vontade de chegar a Santiago é grande, mas o sentimento desta aventura não acabar é ainda maior.

 

02-10-2015

Padron – Santiago Compostela

Quem fez estas etapas todas, já percorreu tantos quilómetros por caminhos de terra, pedras e asfalto não pode desistir agora. Sabemos que o cansaço, as bolhas e as dores no corpo continuam a massacrar, mas continuamos ligados à “ficha”, à “ficha” de adrenalina de estarmos a viver esta aventura.

Acordámos cedo para aproveitar bem o dia. Esta etapa não será o fim, mas o início de um novo começo. Até Santiago Compostela aguarda-nos uma caminhada de 5 horas, sem haver grandes paragens. A etapa começa com um troço suave onde cruzámos campos e pequenas aldeias rurais. No entanto não se chega a Santiago sem antes ter que fazer duas grandes subidas. A 3 km da cidade de Santiago, no cimo de um dos montes, conseguimos avistar pela primeira vez a Catedral de Santiago. Depois de tantos quilómetros percorridos ali está um dos motivos deste Caminho.

Na cidade a paisagem rural que nos acompanhou ao longo da etapa é substituída pelas avenidas movimentadas e congestionadas de pessoas. A presença de outros peregrinos que chegam de outros tantos caminhos é uma constante, encaminhando-se toda a gente para um só lugar, a Praça da Catedral de Santiago.

Chegar a este local é sinónimo de emoção e descarregar de toda a adrenalina de uma longa viagem. Sentar no chão da praça contemplando tamanho monumento, apreciar a chegada, entre choros e abraços, de outros peregrinos e olhar para trás, tentando num curto espaço de tempo resumir esta viagem é um sentimento único, que não se descreve, nem se explica, simplesmente vive-se.

A chegada a Santiago de Compostela pelas 13.30 permitiu fazer um almoço com tudo o que tínhamos direito. O momento foi animado, como seria de esperar, com muitos brindes e saboreando a gastronomia local. O resto da tarde foi passado a visitar a cidade, recolher o diploma do Caminho e tratar de alojamento.

No fim do dia fomos assistir à missa do peregrino, um dos momentos ímpares deste dia. Uma cerimónia carregada de simbolismo, onde tive oportunidade de pedir por todos aqueles que vieram comigo na mochila. Durante a missa a bênção dos peregrinos, através de um fumeiro gigante é um ritual com muitos anos e que torna aquele momento ainda mais especial.

Á noite, já deitado na cama, senti-me como se tivesse a desligar da ficha deixando que todo o cansaço, de uma longa caminhada, me vencesse.

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Na verdade a chama que me ia dando força todos os dias tinha-se apagado, afinal de contas a razão para ela se manter acesa tinha terminado.

O dia seguinte será de regresso a Lisboa, na minha opinião, uma nova etapa do Caminho. Nos próximos tempos vamos sentir os efeitos desta viagem em nós.

 

Por Hugo Veloso

Diário de Viagem das Maurícias

Junho 17, 2015

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Maurícias é um arquipélago situado no meio do Oceano Índico, rodeadas por uma excelente barreira de coral e com um clima tropical que consegue tornar esta ilha uma das mais verdes de África repleta de fauna e flora diversificada.

Um povo composto por várias raças e crenças faz desta ilha um autêntico cruzamento de culturas, aqui indianos, africanos, com mulcumanos, hindus, chineses e católicos oriundos de França e Inglaterra dos tempos coloniais.

É fácil misturar-se os cheiros e os sabores de Chop soi chinês, com Caril indiano, Pratos árabes e pratos d edegustação franceses com os seus molhos de natas e manteiga.

Uma ilha super diversificada que se dedica ao turismo e à agricultura. São visiveis em toda  aparte da ilha as muitas plantações de cana de açúcar para a produção de açucar e rum, os muitos quilómetros de plantações de chá e de baunilha, o muito marisco e peixe que o oceano oferece.

 

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Uma ilha que não é grande mas que devido às suas caraterísticas geográficas, com muitas serras repletas de vegetação e uma costa recortada por muitas baías para fazer qualquer quilómetro é uma aventura.

As estradas são estreitas, conduz-se pela esquerda, não há muita sinalização, a condução é trágica,à noite iluminação pública é rara, o que fez com que tivesse das minhas maiores aventuras automobilisticas.

É verdade que podia ter comprado pacotes e pacotes de excursões, alugado táxis mas partir à aventura é partir à aventura, seguir os meus próprios caminhos, contatar com o povo verdadeiro, ver aquilo que se quer mostrar e o que está oculto à maioria dos turistas.

Fiquei hospedado no Ambre Hotel, um resort com luxo e comodidades para o descanso verdadeiro e merecido, situado em Belle MAre, parte oriental da ilha. Não é a zona mais turística, mas na minha opinião é sem dúvida uma das melhores e mais centrais para desbravar esta ilha.

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Resumidamente vou tentar fazer um pequeno guia de viagem com locais que ninguém poderá perder:

Em primeiro lugar ter carro alugado com depósito cheio e dirigir-se a Curepipe, aqui nesta cidade já bastante desenvolvida poderá encontrar o Jardim Botâncio, a Fábrica dos barcos (neste caso dispensámos pois era turístico demais) e Trou aux Cerfs - a cratera do vulcão que deu origem a esta ilha, com a sua lagoa, beleza natural magnífica.

No caminho até chegar a esta cidade vai percorrendo Flacq, Poste de Flacq e Quartier Militaire - cidades e povoaçõe smais ou menos densas mas que as suas barracas coloridas, as gentes repletas de cor pelos saris alegram as passagens.

Continue estrada pela selva e pelas montanhas repetas de vegetação até Boi Cherie, nesta zona vai poder ver plantações d echá intermináveis, a sua forma d ecolheita e o seu tratamento. Se é fã de chá compre, pois é de um sabor formidável.

Bem perto Grand Bassin no alto do cume de uma montanha, com um milagroso lago, está situado o maior templo Hindu da ilha - obrigatório visitar.

Depois podemos tomar dois rumos o destino de St. aubin a sul ou subir montanhas em direcção a Charamel.

Optámos pelo descobrir a selva...

Alexandra's Watwerfalls - delicie-se nesta svistas magníficas, com as cascatas a cair abruptamente, e uma paisagem fabulosa de toda a costa oeste da ilha, rodeado por macacos que pulam entre árvores

 

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Temos a hipótese de continuar até às Cascatas de Black Gorges, um dos maiores rios das Maurícias, uma visão fabulosa.

 

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Pare no caminho e vá comendo umas goiabas ou mangas que prosperam nas árvores junto à estrada. Depois visite a Rhumerie de Charamel, aqui pode fazer uma prova de rum fabulosa e claro trazer algumas "amostras" para consumo em casa.

 

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Em Charamel conheça a terra das 7 cores, um pedaço de terra - reserva natural onde vai poder ver a selva verdadeira e um chão com várias tonalidades de castanhos, a dourados e vermelhos.

 

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A aventura de conhecer toda a costa desde La Morne até Flic en Flac é uma delicia com paisagens maravilhosas e onde pode assitir a um pôr do sol deslumbrante.

 

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 Depois temos toda a costa oriental da ilha com praias e baías lindíssimas e ilhas a acompanhar o horizonte.

 

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 Blue Bay - Sudeste

 

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 Ile aux Cerfs - Este

 

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 Podre D'or - este

 

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 Grand Baie - Norte

 Conheça a capital de Port Louis, sem dívida uma cidade diferente, onde regras de trânsito parecem não existir, onde a maior parte da população da ilha reside, onde há confusão, barulho, fumo dos carros misturado com os muitos fumos da queima de incensos. Não é um sonho de beleza, mas é obrigatório passar por lá para tomarmos conhecimento daquela realidade.

Depois existem inúmeros parques naturais que pode visitar desde os mais ligados à terra e outro ao mar.

Para mim foi obrigatório o Casela Park na zona oeste central da ilha onde pude percorrer uma ponte nepalesa com 120 metros de altura e fazer slide sobre a selva.

 

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Depois o contato com os leões desta reserva é emocionante, fantástico, um sonho.

 

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 Depois temos a possibilidade de conhecer o fundo do mar e navegar nas barreiras de corais, aconselho sem dúvida as da zona sul e este da ilha, muito rico em fauna e flora marítima.

 

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 Uma viagem de sonho, de alegria, de diversão e de Aventura.

Aconselho a todos a experimentarem... E agora é pensar na próxima...

#Maurícias - Breves 3

Junho 09, 2015

E o sonho continua... Hoje depois de sobrevoar a selva alguns momentos acima dos 90 metros pendurado nas zip lines/ slide e na ponte nepalesa eis que aterro na verdadeira savana, ali junto a imponentes leões.

Respeito com aquele "miar" forte... A sensação de lhes tocar é fabulosa mas agarrar ao colo em leões e tigres bebés foi um sonho. Acho que parecia uma criança a quem deram uns doces...

Um bom rugido ao dia de hoje.

Safari and jungle adventure done, tomorrow ocean adventure...

Aventura na cozinha ... diz que é uma espécie de Bolo Podre

Maio 05, 2015

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Ontem foi dia de dedicar-me à cozinha e preparar a dieta desta semana.

Vida de solteiro é assim, preparar tudo num dia para não perder tempo o resto da semana, deste modo poupa-se dinheiro, come-se melhor e mais saudável.

Ao olhar para os ovos que tinha no frigorifico pensei: e que tal fazer um bolinho para o pequeno almoço... É isso mesmo! E comecei a inventar uma espécie de Bolo Podre.

É verdade que me faltava os pinhões mas substituí por amendoas e nozes, no final até ficou bem bom...

Claro que não é igual ao Bolinho da minha tia DiDi mas está lá próximo por isso digo que é uma espécie de Bolo Podre.

 

Bolo Podre - a minha receita

Ovos 6 tamanho L

Farinha 150gr

Açúcar 100gr

Frutos secos 100gr

Canela em pó 2 colheres sopa

Mel 1 colher de sopa

Fermento 1 colher café

 

Pré-aquecer o forno a 180º C.
Untar uma forma com pouquíssimo manteiga clarificada (colocar apenas uns pontinhos e espalhar com o pincel muito bem) e polvilhar com farinha. Reservar.
Aos 6 ovos inteiros adicionar o açúcar e bater com a batedeira até ficar um creme esbranquiçado. Peneirar a farinha e juntar à mistura. Juntar também o fermento, o mel e a canela e misturar bem. Por fim, adicionar amêndoas, sultanas e nozes partidas aos pedacinhos. Misturar bem.
Colocar a mistura na forma e levar ao forno por 40 a 45 minutos, sendo que ao fim desse tempo o melhor é fazer o teste do palito. Desenformar ainda quente e deixar arrefecer.

No final vai ficar delicioso para acompanhar com um café de manhã.

 

The water Diviner - Promessa de uma vida

Abril 26, 2015

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Nos tempos passados, algures em 1900, na Austrália um homem rude e corajoso é o descobridor de aguas subterraneas no meio do deserto vermelho australiano. Ali debaixo de calor e tempestades de areia infernais educa os seus 3 filhos com força, coragem e sonhos. A magia dos contos das mil e uma noites fazem-nos voar para terras árabes em cima de tapetes mágicos.

Não foi um tapete mas uma guerra que anos mais tarde e de forma a honrar o Reino Unido que os jovens entram na Turquia para conquistar o antigo império Otomano.

Mesmo gritando as palavras mágicas, acabam á partida por morrer os 3 numa das batalhas que pôs turcos contra britânicos.

Na Austrália o desespero leva a mãe a suicidar-se num dos poços descoberto pelo pai. E sobre o leito da mulher que amava promete ir buscar os corpos dos seus filhos que se encontravam desaparecidos.

Esta é a premissa para o desenrolar desta história emocionante e fantástica, onde o advingador de águas vai também ser o descobridor dos seus próprios filhos.

Tendo como cenário a fantástica cidade de Istambul vamos sonhando e acreditando como a personagem brilhantemente interpretada por Russel.

Uma história de esperança, crença, valores.

Gostei... E para saber mais é só ir a uma sala de cinema mais próxima.

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