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Rotas do Mundo

Pedro around the World... My life, my dreams, my favourite things

Teatro SAX-Tenor no D. Maria II

Maio 22, 2017

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Ontem foi dia de Teatro, a escolha recaiu na peça Sax-Tenor em exibição no Teatro D. Maria II.

Uma história verdadeiramente arrepiante, com uma carga dramática, por vezes mesmo trágica.

A história é simples, num qualquer degredo, num bairro dos arredores de Santiago de Compostela em Espanha, num beco de prostitutas, loucos, chulos e oportunistas acontece um assassinato de um jovem “músico” de saxofone tenor... esta é a premissa para o início do espetáculo.

Sempre debaixo de chuva, tal como lágrimas derramadas pelo jovem, ou pelo contrário refletindo a falta destas lágrimas de compaixão, a história vai-se desenrolando ao jeito de flashback durante uma entrevista ao personagem principal da peça, aquele galego que se denomina Tio Sam.

É este homem, que não pertence verdadeiramente ao bairro mas que aqui se sente bem, bêbado, gasto, mas com um coração de oiro que vai apresentando toda a história e todos os personagens.

A partir daí, nós próprios nos sentimos uns detetives, para tentar perceber quem? Quem matou o jovem sax-tenor?

Tudo isto num primeiro ato regado de mistério, onde Passarinha a prostituta mor do bairro se evidencia no meio de todos os outros, a Pranhuda, o Sinatra, o Almirante louco, o pequeno Gigante, o Judeu, Hortense a louca e velha prostituta, a Lola – filha do Judeu, Valentim que aqui é valentão.

Um grupo de personagens riquíssimo, que depois é ainda completado pela mãe e pai do morto.

Num 2º ato também misterioso e depois de desvendarmos quem matou o sax-tenor, ficará a questão e quem matou a sua mãe.

Uma história fabulosa, cheio de tristeza, tragédia, drama, loucura, amargura que todos deviam ver. Nós próprios nos podemos comparar a esses personagens, cada um é quase como que um defeito nosso ou uma nossa virtude. É isso que permite este espetáculo, analisar-mos a nossa sociedade. No final de contas, poetas e loucos todos somos um pouco!

Tenho de salientar dois pontos negativos na minha perspetiva, a tradução do texto poderia conter menos asneiras, ou alterá-las, chocariam na mesma mas não cansava. Depois os 2 polícias bêbados, ignorantes, corruptos e que buscam no fim da noite as putas deste bairro, funcionaria melhor se fossem verdadeiramente 2 homens em vezes de figuras femininas encobertas por capuzes.

Mas tenho que salientar o excelente trabalho de ator, as excelentes interpretações de Paula Mora, João Grosso e da Passarinha (não sei o nome da atriz lamento). A encenação é fabulosa, muito bem pensada e criativa, o desenho de luz ténue e sombrio é maravilhoso, o cenário está perfeito para este drama e depois os figurinos que são vistosos, adaptados, contemporâneos, são brilhantes.

É ver até final do mês.

Auto-de-fé é a minha próxima leitura

Novembro 10, 2015

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O único drama do Nobel da literatura Elias Canetti é a minha próxima leitura, um livro proibido pelo regime nazi advinha-se fabuloso.

Auto de fé narra a história do professor Peter Kien, erudito especializado em sinologia, proprietário da maior biblioteca privada da cidade. É no seu apartamento, rodeado de livros, que Kien se refugia, evitando todo e qualquer contacto físico e social. Misantropo, solitário, excêntrico, Kien é um ser “composto de livros”, interpretando o mundo através da sua vasta biblioteca, que transporta zelosamente consigo, armazenada no interior da sua cabeça.

O ponto de viragem da sua vida é o casamento com Teresa, a sua ignorante e ávida governanta. Expulso da sua própria casa, Kien vê-se obrigado a percorrer o mundo exterior, travando conhecimento com inúmeras das suas personagens, que o acompanharão neste seu longo exílio. Figuras sombrias, medíocres, grotescas e memoráveis como o anão Fischerte a prostituta, ou o porteiro Plaff. Pela mão destes, Kien descerá pouco a pouco ao inferno, apressando o passo para um final sublime e trágico: um verdadeiro auto-de-fé.

Teatro SAX-Tenor no D. Maria II

Maio 22, 2015

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Ontem foi dia de Teatro, a escolha recaiu na peça Sax-Tenor em exibição no Teatro D. Maria II.

Uma história verdadeiramente arrepiante, com uma carga dramática, por vezes mesmo trágica.

A história é simples, num qualquer degredo, num bairro dos arredores de Santiago de Compostela em Espanha, num beco de prostitutas, loucos, chulos e oportunistas acontece um assassinato de um jovem “músico” de saxofone tenor... esta é a premissa para o início do espetáculo.

Sempre debaixo de chuva, tal como lágrimas derramadas pelo jovem, ou pelo contrário refletindo a falta destas lágrimas de compaixão, a história vai-se desenrolando ao jeito de flashback durante uma entrevista ao personagem principal da peça, aquele galego que se denomina Tio Sam.

É este homem, que não pertence verdadeiramente ao bairro mas que aqui se sente bem, bêbado, gasto, mas com um coração de oiro que vai apresentando toda a história e todos os personagens.

A partir daí, nós próprios nos sentimos uns detetives, para tentar perceber quem? Quem matou o jovem sax-tenor?

Tudo isto num primeiro ato regado de mistério, onde Passarinha a prostituta mor do bairro se evidencia no meio de todos os outros, a Pranhuda, o Sinatra, o Almirante louco, o pequeno Gigante, o Judeu, Hortense a louca e velha prostituta, a Lola – filha do Judeu, Valentim que aqui é valentão.

Um grupo de personagens riquíssimo, que depois é ainda completado pela mãe e pai do morto.

Num 2º ato também misterioso e depois de desvendarmos quem matou o sax-tenor, ficará a questão e quem matou a sua mãe.

Uma história fabulosa, cheio de tristeza, tragédia, drama, loucura, amargura que todos deviam ver. Nós próprios nos podemos comparar a esses personagens, cada um é quase como que um defeito nosso ou uma nossa virtude. É isso que permite este espetáculo, analisar-mos a nossa sociedade. No final de contas, poetas e loucos todos somos um pouco!

Tenho de salientar dois pontos negativos na minha perspetiva, a tradução do texto poderia conter menos asneiras, ou alterá-las, chocariam na mesma mas não cansava. Depois os 2 polícias bêbados, ignorantes, corruptos e que buscam no fim da noite as putas deste bairro, funcionaria melhor se fossem verdadeiramente 2 homens em vezes de figuras femininas encobertas por capuzes.

Mas tenho que salientar o excelente trabalho de ator, as excelentes interpretações de Paula Mora, João Grosso e da Passarinha (não sei o nome da atriz lamento). A encenação é fabulosa, muito bem pensada e criativa, o desenho de luz ténue e sombrio é maravilhoso, o cenário está perfeito para este drama e depois os figurinos que são vistosos, adaptados, contemporâneos, são brilhantes.

É ver até final do mês.

A Ascenção de Júpiter

Maio 08, 2015

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Um filme de 2015 de Andy Wachowski que mistura a ação, o romance e a ficção científica numa aventura intergaláctica.

Numa noite especial e predestinada pelos astros a grandes acontecimentos é concebida Júpiter Jones, filha de um astrónomo e de uma russa que devido às perseguições soviéticas vê-se obrigado a abandonar o seu país em busca de melhores condições de vida e segurança.

A ação é assim iniciada na cidade de Chicago, onde Júpiter já adulta é mais uma emigrante que limpa casas de gente muito rica.

Num outro planeta distante existe uma luta familiar, os Abrasax – 3 herdeiros e donos de todo o universo, lutam entre si pela posse de planetas habitados, ou melhor será dizer semeados.

Este povo galáctico anda em busca desenfreada por longevidade e eternidade para isso plantam seres humanos em diversos planetas, para após o seu crescimento os “colher” e criar um líquido que permite renovar as células do corpo.

No entanto, e de forma a perturbar toda esta guerra, nasce a Titular de toda a galáxia, ou seja a verdadeira Abrasax reincarna no corpo da humana Júpiter.

Claro que todas esta guerra e na ascensão de Júpiter a dona do universo está o seu protetor e amigo Caine, uma espécie de lobisomem interstelar. Como qualquer romance acabam juntos no fim.

Um fim não muito original, mas uma história repleto de bons momentos e de efeitos especiais. Grande cenografia, muito bons efeitos especiais.

Um filme para quem gosta de qualquer dos géneros.

Neste filme que contém um bom elenco destaca-se Mila Kunis como Júpiter Jones, Channing Tatum como Caine, Douglas Booth como Titus e Sean Bean como Apini. Saliento a grande interpretação de Eddie Redmayne como o principal antagonista da história no papel de Balem Abrasax, um ator em crescimento constante.

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Teatro Godspell uma noite bem passada

Março 10, 2015

 

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 Godspell - Versão Portuguesa

E na passada quinta-feira dia 05 de Março, foi dia de voltar aos programas culturais. Não é que me tivesse afastado, claro que não é isso, mas o tempo com a preparação da minha peça foi enorme o que me levou a estar mais concentrado na minha própria produção do que na dos outros. :)

Desta vez a escolha recaiu no musical Godspell, um original americano que durante anos esteve na broadway, que visitou Londres no West End, e que agora aterrou em Portugal. Mas desta vez numa versão portuguesa.

E o que posso concluir...

Para uma noite de estreia não foi má, existiam muitos nervos em palco, alguns erros técnicos de iluminação e som mas que facilmente serão corrigidos.

Os jovens atores, a maior parte desconhecidos não vão mal nos seus papéis principalmente o jovem Manuel Moreira que encarna Judas, está digno, bem defendido, muito bem!

Terei de parabenizar Mia Rose, um papel simples mas bem defendido com a sua voz brilhante, para uma estreante vai bem.

Ao restante elenco falta traquejo, numa peça com um ritmo tão esgotante como esta e com tantas variações de sentimentos (do drama à comédia em segundos) necessita de mais experiência em palco.

A infelicidade é mesmo a tradução e a adaptação do original por parte de Matilde Trocado. Quem conhece o original chega a sentir-se frustado.

No entanto, posso considerar uma produção de Três Estrelas, vale a pena pelo esforço em criar este género de espetáculos em Portugal.

A quem quiser degustar-se basta ir ao Teatro Tivolli BBVA em Lisboa.

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