E será que se aproxima o fim da União Europeia?
A questão da Grécia continua esta semana a ser a ordem do dia, ou melhor, a ordem de todos os dias. Amanhã vence-se o prazo para pagamento da tranche de dívida ao FMI e a Grécia não pagando, o que parece que vai mesmo acontecer, entra em Default.
Durante os últimos dias existiu a tentativa de negociações entre a Troika e o governo grego de forma a ultrapassarem esta questão. Uns não cederam na implementação de medidas de austeridade, outros não perdoam a dívida nem a renegoceiam.
Então no próximo domingo os gregos vão dirigir-se às urnas para realmente saber o seu futuro, a escolha é entre se aceitam a austeridade ou pelo contrário não pagam a sua dívida. As consequências são imprevisíveis e poderão significar a saída da Grécia da Zona Euro e quem sabe da união europeia.
Ponho-me a pensar, será que os gregos estão assim tão errados?
O exemplo do país Europeu que faliu e que se borrifou nos credores foi a Finlândia, e pois não é que estão em grande crescimento económico.
E se isto se alastra a outros países, não será o fim da Europa tal como a conhecemos?
A Europa neste momento vive uma crise gigantesca quer económica, quer política, e parece que os seus cabecilhas não sabem governar este barco tão gigantesco.
Portugal cá estará como sempre no cantinho, pobre, cantando uns fados às suas ninfas e esperando que o Destino seja melhor.
Mas será que não viveríamos melhor sem a Europa?
É uma pergunta que dificilmente consigo responder, ou que ninguém conseguirá, pois é difícil prever o futuro ou situações irreais.
Mas na minha opinião tal com Afonso Henriques se libertou de Espanha, e como nos séculos seguintes Portugal se voltou para o resto do mundo, está na hora de deixarmos de ser tão europeístas e nos tornarmos "mundialistas". É verdade que somos um pequeno território, mas também é verdade que temos uma grande costa marítima, estamos estrategicamente e geograficamente bem posicionados, temos uma grande plataforma de mar e temos a audácia que sempre nos caracterizou.
Portanto, se isto correr mal, podemos sempre improvisar – e é algo que nos caracteriza tão bem – e correr em busca de velhos novos mundos.
Eu acredito num Futuro sem a União Europeia.