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Rotas do Mundo

Pedro around the World... My life, my dreams, my favourite things

Uma familia de surdos - La Famille Bélier

Agosto 21, 2015

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Numa França Rural, onde predominam as muitas feiras de produtos frescos, as quintas e os campos agrícolas vive uma família especial – a família Bélier – uma família composta por 3 pessoas surdas (pai, mãe e filho mais novo) e uma cantora fenomenal (a filha).

Paula Bélier, é essa jovem que se vê numa luta diária constante entre os seus afazeres de estudante e a vida árdua de agricultora, criadora de gado, vendedora de queijos e a sua maior profissão do mundo intérprete de língua gestual.

A história é simples, e podemos caracterizar quase como uma espécie de comédia romântica. Há imensos filmes americanos assim, a jovem com um talento enorme, que luta contra a sua família para seguir o sonho e entrar numa escola de artes famosa e conceituada. A receita é já muito utilizada, mas neste filme a diferença passa exatamente pelo antagonismo entre a pessoa que canta e a sua família que é surda e quase que está isolada do mundo devido à sua deficiência.

É essa abordagem que valorizo no filme, acho que está muito bem conseguido. Não sei se realmente os atores estão a falar uma língua gestual francesa perfeita, pois não a entendo, mas seja como for a abordagem está estupenda.

Saliento 3 momentos marcantes que me arrepiaram: O concerto de Paula no coro da escola, em que o realizador nos dá a perspetiva dos surdos, em que vemos a imagem e não ouvimos absolutamente nada; a cena em que o pai se encosta ao peito da filha para “ouvir” a canção; e a cena final em que a canção maravilhosa que Paula interpreta é acompanhada de língua gestual.

A escolha da banda sonora, repleta de músicas francesas clássicas é fabuloso, a interpretação dos atores vai extremamente bem de destacar Karia Viard – que desempenha Gigi a mãe surda muito acelerada, vaidosa e até um pouco louca, François Damiend – que desempenha Rodolph, e obviamente Louane Emerc que tem uma voz fabulosa e que desempenha muito bem este primeiro papel no cinema.

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É um filme simples, provavelmente para muitos, dispensável, mas este filme trouxe-me muitas recordações boas, inclusive uma das minhas primeiras reportagens na RTP2 exatamente sobre esta temática: Música para surdos.

Pelo menos que este filme sirva para acabar com a discriminação que ainda existe para a comunidade surda.

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Saturday Dinner Life

Agosto 10, 2015

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E este Sábado foi dia de jantar de familia na minha casa.

A Ementa foi algo trabalhosa mas penso que o resultado final foi bom.

Para abrir o apetite uns gins com mirtilos e estrela de aniz bem fresquinhos, ao que parece era bom, mas como não sou um gin lover despensei e agarrei-me logo à sangria de frutos vermelhos e romã.

Entrada composta por bruchetas com queijo chevre e framboesa regadas com mel, e uns chouriçõs assados para acompanhar uma broa de milho.

O Prato foi a minha especialidade Caril de Camarão. Estava bom mas já fiz muito melhor.

Para sobremesa umas espetadas de fruta e uns petit gateau com gelado de mascarpone e morango.

No final da noite acho que ficou tudo satisfeito, mas mais importante foi passar uma bela tarde e noite com a familia, irmãs, cunhado, primo e o meu afilhadinho mais novo.

Quando acabei de arrumar a casa, tomei um duche e deitei-me com a certeza de missão cumprida.

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Os Carvalho

Julho 08, 2015

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Pois é...

E descobri que descendo de gente brasonada.

O nome de Carvalho ao que parece é tomado do antigo Morgado de Carvalho, em terras de Coimbra, mais propriamente de Penacova, junto à Serra do Carvalho, terras estas dadas a D. Bartolomeu Domingues por João de Aviz aquando a Batalha de Aljubarrota.

Esta família tem a sua antiguidade e pureza de sangue comprovada pela constatação de uma doação feita ao mosteiro de Lorvão em 1131, assinada por Pelagius Carvalis (Payo Carvalho) senhor de toda a terra em que está inserido o Morgado de Carvalho.

Um dos “nossos” grandes homens e nobres portugueses foi marquês de Pombal.

Como o nome indica, nome de árvore, designa que o nome designa família de cristão novo, porventura neste caso mouros convertidos ao catolicismo.

A nossa família está registada hieraldicamente nos principais 72 brasões da alta nobreza em Portugal do século 16, aliás até os podemos ver em Sintra no Palácio da Vila.

A Páscoa e as minhas tradições

Abril 02, 2015

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Foi há milhares de anos que a Páscoa, cristã, começou a ter as suas celebrações, mas a sua tradição inicial chegou muito antes disso.

Celebrada por muitas religiões, cada qual festejando por motivos diferentes, entre os quais os celtas que comemoravam o ínicio da Primavera.

As minhas tradições assentam numa morte de Cristo e da sua resurreição no próximo Domingo. Se formos a analisar bem as coisas é o rejuvenescer, o renascer, o desabrochar tal como a chegada da Primavera.

Hoje e desde há alguns anos a esta parte, a Páscoa começa na 5ª feira com um almoço de confraternização com os meus colegas de trabalho. Este ano lá vou ter com o pessoal da Av. Berna. Apesar de ter saído de lá em Outubro, estes amigos lembraram-se de mim e convidaram-me para festejar com eles. É uma prova da amizade, do respeito, e do espírito de equipa e sacrífico que ficou durante 2 anos e meio de trabalho em conjunto.

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Depois chega a 6ª feira, dia de em tempos rumar toda a família ao Mar para apanhar percebes, mexilhões e lapas. Agora que a idade começa a pesar nos meus parentes mais velhos deixamos de descer as arribas do Cabo da Roca para irmos apenas ao mercado buscar as tão desejadas conchas. Para mim que não sou muito fã, abençoadas conquilhas que me enchem o estômago.

No Domingo, por norma, almoço em família onde se volta a comer a carne e termina o jejum. Algum assado no forno vai fazer-nos companhia à mesa. Este ano, em festa dupla para comemorar o 50º aniversário do meu tio.

Este ano ficamos assim, mas em tempos, a Páscoa prolongava-se na 2ª feira. Na Terra perdida da Beira Baixa - Ladoeiro, na 2ª feira a seguir à Pascoa, toda a gente rumava aos montes em peregrinação à Santa Catarina, para conviver com centenas de amigos e familias num mega piquenique onde não faltavam os ovos verdes da minha saudosa avó Maria e os borrachões que adoro.

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Nem tudo está esquecido... espero que a minha tia me faça uns ovinhos verdes para domingo, e espero os borrachões que a minha colega Isabel Rebelo me trará para a semana das terras de Idanha.

E não me posso esquecer dos ovinhos de chocolate que me ofertavam enquanto era criança e das "amêndoas" de licor que toda a gente adora e que a minha avó Elisa trazia de Lisboa, nessa altura em que Lisboa parecia um país distante da Azóia.

E são estas as minhas tradições...

 

Simple Alice – O meu nome é Alice

Março 31, 2015

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E ontem decorreu mais uma noite de Cinema em Casa, já há alguns tempos que andava para ver este filme – O meu Nome é Alice, filme que deu a Juliane Moore o Óscar de melhor Actriz este ano.

O filme conta a história de Alice, uma professora catedrática de Linguística de grande sucesso, que exercia funções na Universidade de Columbia, Nova Iorque, e escritora de alguns livros de investigação.

A história começa com o primeiro sintoma de uma doença neurologia aos 50 anos da personagem, mas como este filme é uma história que aborda as memórias, rapidamente percebemos o passado de Alice. Uma jovem lutadora que com 18 anos vê morrer a sua mãe e a sua única irmã, e que vive com o seu pai alcoólico até este falecer de Hepatite.

A jovem lutadora conseguiu tirar o seu curso com dedicação, estudo e um QI acima da média, e ao mesmo tempo criar uma estrutura familiar nova composta por um esposo dedicado e 3 filhos diferentes mas que em comum amam a sua mãe.

E é numa simples corrida que se perde, no espaço que percorrera tantas e tantas vezes. Começa a esquecer-se de algumas palavras, de algumas situações, e BUMB!!! Descobre que tem Alzheimer – doença neurológica que tantos de nós utiliza para brincadeiras e piadas mas com que não é nada fácil de conviver.

A partir vê-se o declínio desta mulher, desta mãe, desta força da natureza, até se perder num mero corpo sem memória.

Juliane Moore têm uma interpretação notável, que lhe valeu o Óscar, e foi merecido. Fantástico Desempenho.

A todos aqueles que um dia possam chegar a esta fase, espero verdadeiramente que consigam abrir o filme colocado na pasta da borboleta e que cumpram as suas próprias instruções. A nossa condição humana não deveria chegar até à vergonha da Alzheimer.

Enquanto não há cura que haja esperança.

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E o ano de 2014 está prestes a terminar

Dezembro 30, 2014

Este ano que está prestes a chegar ao fim teve muitas coisas positivas mas também me trouxe algumas coisas menos boas, poucas mas dolorosas.

Saliento as viagens fabulosas que fiz como das melhores coisas que aconteceram: Nova Iorque e Finlândia. Ambas tão diferentes mas igualmente saborosas. O movimento e o rebuliço de uma cidade contrastando com a calma e o frio de um outro país. Adorei, é a viajar que realmente conhecemos o mundo onde estamos, e como nos podemos caracterizar "pequeninos".

A minha peça "Um Pátio com Cantigas" teve as ultimas apresentações no mês de Março de 2014, marcando um record de bilheteiras, de espetáculos. Além do reconhecimento dos meus pares e do público, tive a certeza que aquilo que construí tinha muito valor, com a publicação de uma reportagem na revista Incena - revista dedicada a Teatro.

Depois tive momentos agridoces, profissionalmente falando. Se bem que fui promovido, o que realmente teve um sabor muito agradável, ser reconhecido pelas minhas chefias, por outro lado tive ou ainda tenho a incerteza do futuro... a empresa onde trabalhava e do qual acreditava verdadeiramente colapsou. Porquê? Talvez porque a exigência e rigor impostos a todos os colaboradores não fossem seguidos pela administração. Agora vivemos uma Nova Vida, e o futuro apesar de incerto parece bem mais sorridente.

Depois existem todos os outros momentos, pequenos, mas de valor, compartilhado com familia e muitos amigos.

Posso concluir que sou feliz e que o ano está em saldo positivo, portanto aquilo que peço para o Vizinho 2015 e que seja pelo menos igual a 2014.

Assim sendo irei sorrir sempre com a determinação e a garra que me define!

Adeus 2014!

2015 ...

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