Rotas do Mundo

Hoje o dia começa bem cedo, ainda de noite.

Iremos apanhar mais 2 voos para chegar a casa. Não será Lisboa mas sim Goa.

Goa, antiga provincia portuguesa, desde que Vasco da Gama aqui entrou e até a década de 60 do século passado.

Esta terra que ergue património português, esta terra que ainda veste as ruas com os nossos nomes, esta terra que ainda houve falar a língua do fado.

Depois de 33 anos a ouvir falar tanto sobre esta terra, vou voltar a pisar a terra que o meu avô já pisou durante 2 anos quando envergava a sua farda beje e as cores portuguesas no coração.

Os próximos dias vão ser por aqui.

Desejoso de conhecer, por hoje e depois de uma escala no aeroporto de mumbai, vou simplesmente mergulhar nas aguas quentes do indico.

E começou mais um dia de aventura, hoje saimos da cidade rosa de jaipur para a cidade azul de jodhpur.

Cores, são uma das características da Índia, cores dos saris das indianas, cores das especiarias, cores dos pratos gastronómicos.

Aqui a cor é libertadora de simbolismos e estados de espírito.

Na viagem longa, vamos percorrendo centenas de quilómetros de terrenos agrícolas. Ao que nos parece a batata e o trigo estão na época da colheita.

O deserto cada vez mais quente torna tudo amarelado e alaranjado. O caminho faz-se até à primeira paragem pushkar.

Terra de ancioes, terra do templo de brahma, a capital do yoga. Aqui por entre as ruelas estreitas desta vila percorem centenas de turistas que conciliam o gosto pelo yoga e pelo vegetarianismo com uma filosofia rastafari.

A todos aqueles que pretendem desenvolver os seus conhecimentos, esta cidade é a indicada, poderá ficar hospedado num pequeno albergue, descalçar os seus sapatos, abdicar da sua vida e embrenhar-se neste mundo.

A nossa visita começou pelo lago sagrado, onde milhares de peregrinos tomam os seus banhos, onde entram em contacto com a sua santidade através das escadas dos inúmeros ghats que por aqui existem.

Depois partimos em descoberta dos muitos templos hindus, cada um dedicado a um deus especifico.

Após o almoço partimos a nossa conquista para terra de marajás distantes.

A terra do verdadeiro amor: poderia ser esta a descrição para Agra devido à famosa história de amor que terminou com a construção de umas maravilhas do mundo moderno, o Taj Mahal.

Mas seria diminuir o espetáculo desta cidade a um simples factor.

O nosso dia começou cedinho, para assistirmos ao nascer do sol sobre a magnifica construção branca do Taj Mahal. Construido em pedra de marmore branco, cravado de pedras preciosas e inteligentemente construído num jardim do paraíso com os seus quatros canais que simbolizam a água, o mel, o vinho e o leite, é sem sombra de dúvida um cenário perfeito.

Depois fomos até ao Forte de Agra, mandado erigir pelo 3 sultão da Dinastia Mongol e que alberga além da própria fortaleza defensiva, o palácio do sultão, o palácio das concubinas, e os 3 palácios das esposas do sultão.

O edidicio é majestoso e algo a ser visitado.

A viagem continuou com a visita a itmad ud daulah, mais conhecido como o Pequeno Taj,construção que terá inspirado o taj mahal. Apesar de menor em escala, alberga a mesma beleza.

Para continuar um tour pelas lojas de texteis e joias, algo que não podemos deixar de fazer.

 O dia terminou com um espetáculo de teatro ao estilo de Bollywood.

Jodhpur a conhecida cidade azul, conhecida pelos indianos também como a cidade do sol, não fosse esta uma cidade com muito calor e horas de sol.

Hoje foi mais um dia quente, muito quente.

Começamos o nosso roteiro num pequeno safari de jeep pelo deserto em busca de tribos e pequenas aldeias de comunidades artesãs, pelo caminho avistamos os bufalos, gazelas e antilopes.

A primeira tribo a visitarmos foi a Bishnoi, traduzindo à letra a tribo das 29 regras, todas elas relacionadas com a forma de viver em comunidade com o ambiente, desde as pedras aos animais. Esta familia dedica-se inteiramente à produção e extração de ópio.

De seguida, conhecemos uma familia que vive dos tapetes que faz no seu pátio, e uma outra que vive a fazer olaria, mais propriamente dos potes de barro para transporte de água, indispensável em qualquer casa do rajastão.

Depois do deserto, dirigimo-nos à cidade mais propriamente ao Palácio do Marajá de Jodhpur - Umaid Bhawan Palace. Ainda hoje ocupada pela familia real, com a existência de um museu e no mesmo complexo um hotel de luxo que o ano passado foi considerado um dos melhores do mundo, e em que a diária custa cerca de 1600 euros.

A seguir a um tradicional manjar indiano partimos em descoberta de mais pontos de elevado interesse. O panteão real - Jaswant Taj ,onde a familia dos marajás simbolicamente partiu para a reincarnação, pois verdadeiramente as suas cinzas terão sido largadas no Ganges.

No alto da colina a vista majestosa da cidade azul, onde as casas, muitas delas vestem as suas fachadas de azul, uma forma de refrescar o interior e de afastar os mosquitos.

Mais acima, e a olhar para nós uma das mais belas fortalezas da índia, com 125 metros de altura - Mehrangarh Fort. Percorrer os seus pátios interiores, as suas janelas desenhadas, os seus salões e quartos mágicos.

Para finalizar o dia a visita da Torre do relógio e do seu gigante mercado. Aqui pode beber o lassi mais famoso so país, comprar produtos em segunda mão, comprar esçeciarias, roupas, todos os artigos imaginários ou até comprar tecidos da hermés de seda pura ou algodão.

Mais uma surpresa da índia que ficará para sempre na nossa memória.

Hoje e depois de mais uma viagem aérea desta vez com partida de Varanasi, chegámos à terra do amor - Agra.

Começamos por percorrer a cidade, sem dúvida que o reboliço da rua na minha opinião é um dos maiores patrimónios de toda a Índia.

Depois deslocamo-nos aos jardins incompletos de Agra, muitas são as teorias que este jardin seria um anexo do complexo do taj mahal, outras teorias acreditam que seria para a construção do taj mahal preto.

Hoje é apenas um jardim com uma das vistas mais belas do mundo.

Amanhã haverá mais muito mais.

E foi dia de viajar de agra para jaipur...

Foram 7 horas de viagem longa, no louco tráfico habitual, ao que somamos grupos de peregrinos, manadas de bufalos e cafilas de camelos, não nos podemos esquecer que estamos a entrar no deserto do rajastão.

Pelo caminho paramos na fabulosa cidade fantasma de fatehpur sikri, outro terra de marajás, da porta mais alta do mundo e de um santo sofista.

 Fabuloso.

 E hoje já estamos na capital do rajastão, Jaipur, a terra rosa dos marajás.

Poderia tentar descrever muito, mas perderia tempo para descrever esta maravilha, e vou ter que a aproveitar ao maximo, por isso após o meu regresso falarei mais. 

Por agora ficam umas fotos.

Um pequeno filme do nosso dia por agra.