E estreou a República das Bananas
Outubro 02, 2015
Estreou na passada 4ª feira o novo espetáculo de Filipe La Féria no Teatro Politeama. Ao jeito do que nos tem habituado ultimamente o espetáculo é uma junção da comédia e crítica mordaz à atualidade existente na tradicional Revista à Portuguesa e uns números musicais que nos remetem para espetáculos da Broadway ou do cabaret francês.
E o que se pode dizer deste espetáculo?
É mais um espetáculo ao estilo do La féria a que toda a gente está habituada. Muita cor, muita música, um guarda-roupa riquíssimo, e alguns números que nos fazer chorar a rir, mas apesar da fórmula resultar para a maioria do público que continua a esgotar todos os seus espetáculo, está na hora do autor inovar.
Esta peça é encabeçada por Rita Ribeiro, José Raposo, Anabela e Ricardo Castro. O elenco é sustentado ainda por Bruna Andrade, Ricardo soller, Paula Sá e Patricia Resende. Se bem que na maioria dos números quer cantados quer representados, todo o elenco e corpo de baile estão bem, há obviamente figuras de destaque pela positiva e pela negativa.
Pela visão negativa temos a prestação diminuta de Anabela, que além da pequena participação (apenas 2 ou 3 números cantados) é uma presença enfraquecida e frágil, longe dos tempos em que brilhava no my fair lady ou no musica do coração.
Depois temos Rita Ribeiro, que já não tem a força de outros tempos, mas que continua com bastante genica, só é pena cantar alguns números em playback. Devia de ser proibido. Mas a Rita consegue confundir a minha opinião. Se por um lado quebra e falta ritmo ema algumas cenas, por outro lado consegue recordar-me no seu numero dramático final a Rita Ribeiro do Passa Por Mim no rossio. Enfim...
Depois tenho de dar os parabéns aos dois atores principais do elenco, Ricardo Castro agarrou todos os seus papeis com unhas e dentes e promete manter-se como referencia neste género teatral. Depois o mestre atual da revista José Raposo, já o vi em muitos espetáculos e nunc ao vi desgastado, quando sobe ao palco dá o tudo por tudo, sua, cospe-se, vibra, sente-se os nervos não do medo mas da responsabilidade, dá pica vê-lo representar.
Por último tenho de parabenizar os esforço de duas jovens atrizes Patricia Resende e Bruna Andrade, cantam bem, dançam bem e acima de tudo representam muito bem sendo bastante camaleónicas e transformando-se em todos os seus papeis.
Para finalizar quer apenas lembrar o numero de homenagem à Carmen Miranda (que começa com o Tico Tico - já vi isto em qualquer lado), muito bem interpretado por Paula só.
Não é o melhor espetáculo de La Féria, mas continua de boa qualidade, e acima de tudo é dos poucos que mantém vivo a tradição da revista à portuguesa viva.