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Rotas do Mundo

Pedro around the World... My life, my dreams, my favourite things

Maria Barroso – Uma Vida longa e Repleta

Julho 07, 2015

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Não era uma mulher por quem eu nutria grande simpatia, mas não posso deixar de lhe prestar a devida homenagem, uma mulher que teve uma vida longa (1925-2015) e repleta de atividade cultural, social, educativa e política.

Por muitos é conhecida como a mulher do Mário Soares, mas para mim ela foi tudo menos uma mulher que se manteve na sombra.

Ainda durante a sua juventude licenciou-se, defendeu os seus direitos, exerceu a sua atividade política e também como atriz no Teatro D. Maria II desempenhou grandes papeis como em "A Casa de Bernarda alba" de Lorca.

De ideais de esquerda sempre lutou pela democracia portuguesa não se exilando com o seu marido, e não se limitando a permanecer na clandestinidade como tantas outras mulheres apenas fizeram.

Dirigiu o colégio Moderno e diversas instituições e fundações, do qual teve grande reconhecimento. Foi deputada onde defendeu os seus ideais e ajudou ao desenvolvimento do país.

Há cerca de 20 anos esta mulher que vivia longe da fé, virou-se para a religião, foi a forma de se manter viva enquanto o seu filho estava prestes a falecer devido a um acidente.

Maria Barroso a mulher que queria ser advogada para defender os pobres e atriz para poder representar.

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E morreram felizes para Sempre - Teatro Imersivo

Junho 25, 2015

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Já tinha ouvido falar, mas estava bastante reticente a este espetáculo, pensava que ia assistir a mais uma palhaçada modernista de baixo orçamento a que muitos grupos já nos habituaram. Como não sabia o que iria encontrar estava bastante ansioso, mas no fim valeu a pena.

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Começamos por colocar uma máscara descartável hospitalar na cara e entramos num mundo novo, fechados dentro de uma cela psiquiátrica com mais de metade do público (que para meu espanto era muito) começamos todos com risos, gargalhadas, piadas – ninguém, ou quase ninguém sabe ao que vai, mas pensa que vai gozar.

O espetáculo vai começar, quando a porta abre e nos permite deambular pelo Edifício à nossa vontade começa o fumo a instalar-se, a música ensurdecedora e louca a entrar nas nossas mentes, os mais variados cheiros misturam-se com o cheiro a éter. Não demora mais de 5 minutos para mergulharmos verdadeiramente no espetáculo e a partir daí o público torna-se psicótico em busca do argumento, das personagens, da cenografia, da história e do seu desfecho.

Mas afinal o que é isto?

É difícil de caracterizar, não é uma peça de teatro normal onde o público se senta leva com toda a história e depois tira as suas conclusões, não é um recital pois nem uma palavra existe, não é um concerto pois não existe música ao vivo, não é um bailado apesar de existirem coreografias trabalhadas e de excelente execução. É o primeiro espetáculo imersivo feito em Portugal, depois do sucesso que este género de espetáculo tem feito por Londres e Nova Iorque.

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É complexo?

É, mas é uma delícia para todos os sentidos. Basicamente temos de ser nós próprios a gerir o que queremos ver, ou termos essa sorte. Os 10 personagens começam todos no mesmo espaço e depois vão deambulando pelas 27 salas deste edifício, cada uma delas recriando um ambiente cénico fabuloso, depois o público escolhe aleatoriamente seguir um dos personagens, ou não, a pessoa é livre, aqui estamos presos ao nosso livre arbítrio.

Seja como for, depois de 50 minutos de história, voltamos todos ao espaço inicial, sem sequer darmos por isso, e a história repete, agora convém seguir personagens diferentes.

Por mais que tentemos é impossível ver toda a história, no mínimo tínhamos de repetir 5 vezes este espetáculo para acompanhar permanente cada personagem durante os 50 minutos. Se há momentos em que esta perseguição é fácil, há momentos em que temos de mostrar a nossa destreza física e correr pelos corredores tal qual loucos psicóticos atrás do personagem que elegemos. No entanto, é sempre fácil perder esse personagem e a meio da trama começarmos a seguir outro.

Um espetáculo que não é aconselhado a pessoas sensíveis nem com capacidades de movimentação reduzidas, o calor, a exaustão chega a cair em pingas de suor pelas testas dos presentes., as cenas a que assistimos têm uma carga emotiva enorme, cenas de nudez, de erotismo, de violência e de loucura são uma constante.

Mas afinal qual é a história?

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( Fotos: A assistente de DR. M, Enfermeiro Coelho, Constança, Inês)

A história é simples por detrás de toda a sua complexidade.

Dr. M (aqui encarnando o Nobel português da medicina) ganha um prémio internacional e dá uma festa, nesta festa estão presentes os outros personagens, Pedro o médico, O enfermeiro, O Alexandre, Constança a mulher de Pedro, a Assistente do Dr. M, a enfermeira, o vigilante e o violinista ou personagem misterioso. Durante essa festa aparece Inês, uma recém-chegada enfermeira espanhola. O amor é imediato entre Pedro e Inês. Depois como a história da nossa História – Pedro e Inês – vivem um romance impossível. Constança interrompe o momento entre ambos e discute com o marido. Dr. M acede ao pedido da mulher traída para afastar Inês para um quarto cela. Quando Pedro descobre, resgata-a e dá-se o contacto sexual. Dr. M percebe que foi contrariado e pede ao enfermeiro Coelho para lidar com a situação. O enfermeiro, que tem vindo a praticar em segredo a lobotomia transorbital, desenvolvida pelo DR. W americano, aproveita para lobotomizar Inês. Pedro luta com Dr. M e exige vingança. Coelho é capturado, humilhado e executado em público. Ao longo da noite, um estranho violinista percorre os corredores mas ninguém parece vê-lo. No final... Morreram felizes para sempre.

E como é o ambiente?

É fabuloso! 27 salas recriando os mais diversos espaços do mundo da psiquiatria: o salão de festas, o bar, a cantina, o quarto dos personagens, o duche, o vestiário, a cantina, o jardim, as celas, o bloco operatório, tantas e tantas salas extremamente bem pensadas e executadas.

É um verdadeiro espetáculo, cheio de loucura, emoção desde a cena do arrastamento de Inês até à cirurgia, a cena da apreensão de coelho e a sua humilhação, a luta homoerótica de Alexandre e Pedro, as cenas de humilhação e tristeza de Constança, a cena de abuso sexual de doentes de Alexandre e Dr. M na dança das camas, cenas tão forte e emotivas que vão ficar por muito guardadas no meu cérebro.

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De uma ficha técnica pouco conhecida, para mim pelo menos, mas que vão brilhantes quero enaltecer o trabalho de Ana Padrão na sua encenação e direção de atores.

Aconselho a correrem o risco de irem ver este espetáculo, o único inconveniente é o preço, mas provavelmente vou ter que repetir.

O espetáculo continua em cena no hospital Júlio de Matos – Pavilhão 30 até final de Julho.

 

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bullying, mortes e violações

Maio 14, 2015

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Mas o que se passa nesta gente?

Há já diversos dias que se houve falar do vídeo que chocou o país, onde um grupo de jovens agride violentamente um jovem indefeso de 14 anos.

Como se não bastasse, hoje aparece um jovem morto num apartamento que se encontrava desaparecido desde segunda-feira passada. Ao que tudo indica, o jovem começou a relacionar-se com jovens diferentes e potencialmente criminosos.

vamos ver como corre a investigação?

Como se não chegasse, hoje mais uma notícia de uma mãe que prostituía a filha de 10 anos com um vizinho de 74, em troca de umas guloseimas para a criança e dinheiro para esta mulher.

Estamos a entrar numa sociedade sem quaisquer escrúpulos.

Cobiçamos tantos os países nórdicos com a sua economia social, que até neste tipo de crime estamos a copiar.

E a culpa não deve morrer sozinha. Chega!

Diogo Morgado brilha em The Messengers

Abril 30, 2015

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E estreou na passada 3ª feira no TV Series a nova série de ficção americana The messengers.

Um misterioso objeto cai na Terra vindo do universo, o seu choque criou uma força tão forte e estranha que faz com que morram 5 estranhos, no enatnto passado pouco tempo todos acabam por ressuscitar.

Os membros deste grupo de estranhos são Vera, uma astrónoma que vive no Novo México que anda em busca do seu filho desaparecido; Erin uma jovem mãe solteira que vive desperada por proteger a sua filha dos ausos do seu ex-marido que residem no Arizona, Peter um jovem estudante bastante problemático que frequentava o liceu no Arkansas, Raul um agente federal que estava infiltrado e que tenta fugir à morte no México e Joshua um evangelista/ pastor que prega a palavara de Deus através de progamas televisivos no Texas.

Neste primeiro episódio assistimos apenas à primeira apresentação destas personagens misteriosas, mas a mais enigmáticas de todas é mesmo The Man, o personagem de diogo Morgado, que recria o diabo, e parece desenhar-s ecomo um personagem biblico ou profeta.

O futuro da série, só para a semana é que poderei avaliar, no entanto avisinha-se uma série dramática, misteriosa e com grande produção.

Uma série que aborda a temática do sobrenatural criada por Eogham ODonnell protagonizada por Shantel Van Santern, Jon Fletcher e o protuguês Diogo Morgado.

Ao nosso diogo, a maior sorte neste projeto...

E agora depois de ser o Hot Jesus é Lucífer... espero que as críticas americanas sejam boas, é um orgulho mais um português a fazer sucesso lá fora.

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Oliveira na luz...

Abril 03, 2015

Com mais de uma centena de anos de vida morreu o cineasta portugues Manoel de Oliveira.

Nao vou se hipocrita e dizer que adorava a sua obra, pelo contrario, os seus filmes cansavam-me, faziam-me dormir.

As carateristicas de filmagem dos seus filmes sao muito particulares e com um cunho muito Europeu dos anos 50/60. Talvez por isso na minha opiniao estejam ultrapassados.

Defensor de uma cultura de massas o Cinema Portugues para evoluir tera de deixar de ser cinema de autor, deixar de se focar num numero reduzido de umbigos e apostar na modernidade, precisa evoluir. Vejam o belo exemplo do cinema frances. Nao descurando as suas carateristicas unicas soube mudar.

No entanto tenho de admitir que este homem contribuiu muito para o Cinema Portugues no mundo.

Alem disso era senhor de uma garra extrema. Trabalhar ate morrer.

No teatro diria que as arvores morrem de pe. No cinema Manoel de Oliveira morre na luz.

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