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Rotas do Mundo

Pedro around the World... My life, my dreams, my favourite things

Watsu – A terapia de Shiatsu aquática

Janeiro 04, 2016

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Watsu ou Water-Shiatsu é uma técnica de hidroterapia profundamente relaxante criada na Califórnia por Haroll Dull em 1980. Mas em Portugal chega bastante mais tarde, por volta do ano 2000. Esta Terapia conjuga movimentos combinados com massagem e pressões em pontos de acupressão fundamentados no Zen-shiatsu, enquanto se flutua o recetor numa piscina com água a 35 graus.

 

Alda Lopes uma pessoa criativa, que gosta de aprender, de escutar, de ler e escrever, e de pintar descobriu o Watsu por mera coincidência em 2003. Como ela própria menciona “o Watsu chegou sem grande alarido, quase sem se anunciar e, mal fomos apresentados, pegou-me ao colo. Esse momento, veio a revelar-se mais tarde, mudaria a minha vida para sempre”. Para Alda, que além de terapeuta de Watsu é professora de Natação, a água é o seu meio e a terra é o seu centro.

 

Rotas – Alda, descreve o Watsu em 3 palavras.

A.L. – Presença, escuta e amor incondicional

 

Rotas - Mas como surgiu o Watsu na tua vida?

Alda Lopes – Em 2003 trabalhava numa piscina como professora de natação, e essa piscina organizou um curso de Watsu Basic. Os meus colegas que já tinham feito uma formação, como conheciam a professora convidaram-me para ir então a um curso de 16 horas. Eu não sabia o que era, nunca tinha ouvido falar em tal coisa. Mas, como era uma formação dentro de água, quis experimentar e conhecer. Foi Mágico. Descobri algo que me fez mudar a forma como via as pessoas e a utilização da água como ferramenta de trabalho.

 

Desde aí, Alda não mais parou, já detém mais de 800 horas de formação, deixou de ser aluna e passou a ser formadora além obviamente de terapeuta profissional. O seu trabalho com o Watsu tem sido bastante ativo. Nos últimos anos foi responsável pela organização dos cursos e workshops regulares e temáticos em Portugal, e dinamiza toda a comunidade de Watsu no nosso país em conjunto com os seus colegas Rui Granja e Nuno Rainha.

 

Rotas – Como se pode caracterizar o Watsu?

A.L. – O Watsu é aplicada em todo o mundo em hospitais, clínicas e spa’s, e tem duas vertentes: a terapêutica, em que o paciente recebe sessões com maior ou menor frequência, focadas na sua situação clínica, na sua limitação física ou psicológica; e a vertente de bem-estar, em que o cliente acaba por ser mais ocasional, vem apenas receber uma sessão para o seu bem-estar, para aliviar tensões ou stress.

 

Rotas – Como é a técnica desta Terapia?

A.L. – Resumidamente, o watsu utiliza a leveza do corpo na água para libertar a coluna vertebral, mobilizando articulações, facilitando alongamentos musculares suaves de modo alternativo aos utilizados em terra. Estes movimentos rítmicos, similares a uma dança, são executados em harmonia com a respiração no intuito de despertar a regeneração de corpo e mente. A técnica utilizada não se revê exclusivamente no toque. A forma de contacto que o trabalho na água requer, permite uma conexão muito profunda com o recetor, sobretudo pelo acompanhamento da cadência respiratória e fluxo natural do corpo. O sentimento de “presença”, confiança e liberdade de movimentos combinados com os benefícios terapêuticos da água aquecida, permitem uma abordagem que podem influenciar todos os níveis do nosso ser.

 

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O Watsu para muitos desconhecido, pode servir apenas para relaxar mas é na sua vertente terapêutica que faz mais sentido, em conjunto com um sem número de benefícios quer a curto prazo quer a longo prazo.

 

Apenas numa sessão terapêutica os benefícios são imediatos, como o reequilíbrio emocional e mental; o reequilíbrio dos fluxos energéticos; o alívio de tensão e dores musculares, a diminuição da espasticidade e da dor crónica.

 

A longo Prazo, ou seja após várias sessões os benefícios do Watsu focam-se na melhoria nos padrões do sono; o reequilíbrio das emoções e da mente; a melhoria das funções do sistema imunitário; a diminuição muito significativa da dor física crónica e da dor emocional.

 

Com tantos benefícios tentamos perceber afinal para quem se destina o Watsu.

 

A.L. – A todos. Mesmo todos. Porque é maravilhoso, porque em cada sessão é sempre diferente. Mas diria que os melhores resultados são muito reveladores em patologias relacionadas com a dor crónica, fibromialgias, insónias, hiperatividade, artrite e reumatismo, Parkinson, paralisia cerebral, AVC, lesões musculoesqueléticas e o Stress físico, mental e emocional.

 

Rotas – Sendo o Watsu uma terapia que pode ser benéfica para tantos pacientes de doenças complicadas, porque não está mais dinamizado?

A.L. – Em Portugal, a comunidade de Watsu ainda é pequena. Temos terapeutas profissionais, alunos no seu percurso formativo, curiososos e amantes de watsu que vêm ao nosso encontro nos workshops e temos pacientes que vêm receber sessões com maior ou menor frequência. Depois temos ainda uma série de profissionais da medicina, fisioterapia e terapeutas de outras áreas que nos ajudam na divulgação e nos enviam pacientes quando acham que podemos ajudar. (...) A divulgação tem vindo a melhorar mas reconheço que ainda temos muito que fazer. Somos poucos terapeutas – em parte porque a formação é longa e dispendiosa... E há pouca piscinas também, porque o Watsu precisa de água quente, cerca de 35 graus, e as piscinas de natação não podem manter a água nessa temperatura, só mesmo as piscinas terapêuticas.

 

Rotas – Então quais são as necessidades para o crescimento do Watsu em Portugal?

A.L. – Eu diria que havendo mais terapeutas, a possibilidade do Watsu crescer, é maior. Por outro lado, uma maior aposta na divulgação e na procura de novos espaços que possam abraçar o Watsu também ajudaria. E, por fim, a existência de uma entidade oficial – uma instituição, uma associação – acho que faria muito sentido e toda a diferença.

 

Mesmo ainda com uma fraca presença em Portugal, o número de pacientes e clientes tem vindo a crescer. Perguntámos se seria uma terapia cara, e realmente concluímos que está acessível à maior parte dos portugueses comparativamente com uma sessão de fisioterapia ou mesmo um qualquer tratamento de termas ou Spa. Por isso convidamos todos a experimentar, vai entrar num mundo aquático novo e de certeza que se vai sentir muito melhor seja qual for a sua patologia.

 

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Rotas – Quais são os teus sonhos e ambições?

A.L. – Quero poder ter sempre a força interior e física necessárias para poder dar sessões de Watsu. É um desejo meu profundo e muito sério. Quero poder sempre viver momentos únicos e mágicos na minha e na vida de outras pessoas, como até aqui. Quero poder sempre dar e receber, poder sempre flutuar e ser flutuada.

 

Sempre que dou uma sessão de watsu a alguém que nunca teve essa sensação, sinto-me feliz e agradeço ter sido eu a escolhida para essa honra, nessa hora de vida. Ter alguém nos meus braços é qualquer coisa de fantástico. Poder fazer alguém sentir-se bem consigo mesmo e com o mundo; poder assistir ao momento em que alguém se encontra ou se perde dentro de si mesmo; poder flutuar um corpo que nunca flutuou; poder ajudar alguém a diminuir a dor física ou psicológica... no fundo... poder Ser e Estar presente, escutar e aceitar quem temos nos braços na sua totalidade e sem julgamentos.

 

Para saber mais sobre o Watsu poderá consultar o site da comunidade portuguesa em www.watsu.pt ou a página de Facebook – Watsu Portugal – uma página muito ativa onde são partilhadas todas as atividades nacionais e internacionais que se vão fazendo.

Se por acaso queres experimentar ou oferecer um voucher a algum familiar ou amigo nada melhor do que falares com a terapeuta Alda Lopes através do e-mail alda@watsu.pt ou contato telefónico 968392552.

 

Descubra e flutue neste novo mundo do Watsu.

As histórias de Backstage do Hotel Royal

Março 23, 2015

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As histórias e peripécias que acontecem por detrás de um cenário não está ao alcance da maioria dos mortais, mas quem faz parte de um elenco ou técnica de um grupo de teatro, seja ele amador ou profissional sabe do que falo.

Ouve-se uma voz a dar inicio ao espetáculo pedindo para que os aparelhos de telecomunicações sejam desligados ou silenciados, a luz da sala escurece, por detrás do pano o respirar dos atores acelera prontos para entrar em ebulição em mais um espetáculo. Não é medo, são os nervos miúdos de respeito por um público que enche mais uma vez a nossa plateia.

O encenador entra em palco ainda com as cortinas fechadas a dar o ultimo incentivo... Vamos rebentar, ritmos alegria, muita merda, divirtam-se. O pano começa a subir os atores perfilam-se para entrar em palco repletos de concentração para nada falhar... E não são só os atores.

Em cada esquina do palco por detrás do cenário amontoam-se chapéus, vestidos, cabides, as assistentes de palco estão prontas, pois em intervalos de 2 minutos têm de ajudar a trocar a roupa a 12 ou mais atores...

E é assim todas as noites, num espírito de união estas mulheres sentem-se em palco, sentem os nervos, sentem o amor ao teatro. Numa troca de despe e veste, Poe peruca, troca de bigode, pinturas e maquiagem, adereços, troca de cenário, desce o pano, é uma loucura infernal.

Por vezes vêm ver o que se passa amigos e familiares, e quando chega às partes de maior stress, por exemplo quando em 1 minuto 22 pessoas têm de trocar de vestidos e entrar em palco a dançar e a cantar, eles dizem: Mas o que é isto? Loucura!

Loucura! Loucura! Este é o Hotel Royal! Diz uma das nossas músicas. E é mesmo!

Lá em cima na régie 7 homens todos os espetáculos prontos para darem som e luz à cena. São microfones que ligam e desligam, uma banda sonora com mais de 70 músicas. Mais de uma centena de desenhos de luz, troca, liga, desliga, acende follow spot e roda, desce pano, acende dvd e é assim todas as noites.

Há momentos mágicos, em que à técnica se junta todos os atores, durante 1 cena de pano fechado. Lá atrás o stress: fecha cenário, desce escadas, sobe pano, sobe lustre, vira as mobílias... tirem as cadeiras, desapareçam os candelabros, sobe o pano... Está calmo outra vez.

A vocês técnicos e assistentes de palco quero agradecer... esta peça vive de muita coisa, mas vocês são uma peça fundamental...

E agora começa outro espetáculo... a Loucura do Hotel royal vai continuar.

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