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Rotas do Mundo

Pedro around the World... My life, my dreams, my favourite things

Maria Barroso – Uma Vida longa e Repleta

Julho 07, 2015

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Não era uma mulher por quem eu nutria grande simpatia, mas não posso deixar de lhe prestar a devida homenagem, uma mulher que teve uma vida longa (1925-2015) e repleta de atividade cultural, social, educativa e política.

Por muitos é conhecida como a mulher do Mário Soares, mas para mim ela foi tudo menos uma mulher que se manteve na sombra.

Ainda durante a sua juventude licenciou-se, defendeu os seus direitos, exerceu a sua atividade política e também como atriz no Teatro D. Maria II desempenhou grandes papeis como em "A Casa de Bernarda alba" de Lorca.

De ideais de esquerda sempre lutou pela democracia portuguesa não se exilando com o seu marido, e não se limitando a permanecer na clandestinidade como tantas outras mulheres apenas fizeram.

Dirigiu o colégio Moderno e diversas instituições e fundações, do qual teve grande reconhecimento. Foi deputada onde defendeu os seus ideais e ajudou ao desenvolvimento do país.

Há cerca de 20 anos esta mulher que vivia longe da fé, virou-se para a religião, foi a forma de se manter viva enquanto o seu filho estava prestes a falecer devido a um acidente.

Maria Barroso a mulher que queria ser advogada para defender os pobres e atriz para poder representar.

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The water Diviner - Promessa de uma vida

Abril 26, 2015

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Nos tempos passados, algures em 1900, na Austrália um homem rude e corajoso é o descobridor de aguas subterraneas no meio do deserto vermelho australiano. Ali debaixo de calor e tempestades de areia infernais educa os seus 3 filhos com força, coragem e sonhos. A magia dos contos das mil e uma noites fazem-nos voar para terras árabes em cima de tapetes mágicos.

Não foi um tapete mas uma guerra que anos mais tarde e de forma a honrar o Reino Unido que os jovens entram na Turquia para conquistar o antigo império Otomano.

Mesmo gritando as palavras mágicas, acabam á partida por morrer os 3 numa das batalhas que pôs turcos contra britânicos.

Na Austrália o desespero leva a mãe a suicidar-se num dos poços descoberto pelo pai. E sobre o leito da mulher que amava promete ir buscar os corpos dos seus filhos que se encontravam desaparecidos.

Esta é a premissa para o desenrolar desta história emocionante e fantástica, onde o advingador de águas vai também ser o descobridor dos seus próprios filhos.

Tendo como cenário a fantástica cidade de Istambul vamos sonhando e acreditando como a personagem brilhantemente interpretada por Russel.

Uma história de esperança, crença, valores.

Gostei... E para saber mais é só ir a uma sala de cinema mais próxima.

E parece que hoje é o dia dos irmãos...

Abril 10, 2015

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Se ainda hoje me perguntarem se gostava de ser filho único, a resposta certamente é SIM! No entanto, não significa que não goste da minha irmã...

A nossa história começou já há 26 anos, quando a minha mãe me disse: Sabes Pedro, a mãe vai ter um bebé. E eu chorei!... Depois os meus pais lá me convenceram que iria ser giro ter um irmãozinho com que brincar e fui sendo convencido.

Uns meses mais tardes, enquanto assistia a qualquer episódio do MCGyver, em casa da minha avó, o telefone toca, e no fim a minha avó com um sorriso rasgado diz: Sabes Pedro, vais ter uma irmã. E eu chorei!...

Até que no dia 24 de fevereiro à noite a minha mãe chega-se ao pé de mim e diz: Pedro, vais ter de ir dormir com os avós porque a mãe vai para a maternidade ter a mana. E eu pensei: mas que porcaria ainda nem sequer nasceu e já me está a estragar os planos e a minha vida santinha..., E eu respondi, está bem, mas só depois de acabar a Grande Noite na RTP. E assim foi.

No dia seguinte já existia um ser que eu não saberia como lidar. Quando chegou a casa era enfezada, feia, aliás como todos os bebés que vi mas que as pessoas teimam em dizer que são bonitos. E eu pensei: É isto, não fala, não se mexe, só chora... Qual vai ser a graça?

E não sabia o que viria a acontecer...

As nossas vidas foram tornando-se reais, o primeiro banho em conjunto onde quase que te matava – juro que estava mesmo a ver quanto tempo é que aguentavas debaixo de água – as nossas primeiras brincadeiras juntos. A minha irmã sempre fez o que eu queria, ora brincávamos aos jogos sem fronteiras, ora tentava transformá-la numa manequim, a desfilar os vestidos criados por mim feitos de sacos de plástico, ora sendo a minha marionete nas mil e umas teatrices que fazia. Por vezes fazia-lhe a vontade e lá deixava a menina vender-me umas caixas de medicamentos – há hábitos e pancadas que nunca mudaram...

Depois foi a vez de mudar, do irmão embirrante apenas, para o irmão protetor. Ensiná-la a estudar, ensina-la a fazer resumos das matérias para os testes, a exigir, a cuidar dela pela força das circunstâncias, a obrigá-la a ser tal como eu o melhor da turma. Nem sempre foi fácil, eu a querer ser um pai que não era, e ela a não querer ser uma filha que sabe que foi.

O tempo foi passando, e passámos muito... tristezas, alegrias, tudo de bom e coisas muito más. Mas isso fortaleceu-nos e tornou-nos Homem e Mulher com Maiúsculas.

Eu terminei o meu curso comecei a trabalhar diariamente, e dos primeiros dinheiros que juntei foi para realizar alguns sonhos nossos. Fomos à Disneylândia de Paris, chorámos a ver o fantasma da Ópera em Londres, fizemos tantas coisas e tão felizes, mas claro como não podia deixar de ser com algumas birras à mistura.

Depois tu terminaste esse curso infindável e difícil, sei o suor que derramaste para o ter, o esforço que tiveste de fazer, mas já está, e agora tal como em criança és a doutora da farmácia. Acho que nunca te dei os parabéns, portanto aproveito agora – Parabéns.

Quem nos conhece a ambos, diz que não é preciso passar algodão para descobrir as nossas semelhanças, físicas nem por isso... também não merecias estes quilos a mais que tenho... mas de expressões faciais, de palavras, do riso, da boa disposição, do coração, do orgulho.

Por sermos 2 parecidos, somos 1 diferente.

Obrigado por tudo o que me deste e por tudo o que quiseste receber.

O futuro ninguém sabe mas espero que seja ao teu lado.

E como nem só de irmãs verdadeiras se faz a vida, não me podia esquecer da minha mana mais velha. Prima, amiga, vizinha, irmã desde que eu saltava da cama de grades onde dormia na casa da avó Elisa e ia ter com ela à cama... Obrigavas-me a brincar com os teus póneis, e eu ficava sempre com o mais feio, tu eras a Sheera e eu o He-man.

Hoje grandes e adultos somos felizes, amigos, estamos há distância de um telefonema ou de uma viagem e agora ainda há mais coisas que nos unem... O nosso Tomás, meu afilhado, meu primo, meu sobrinho. Obrigado pela força que sempre nos deste.

Hoje o dia é dos três: Pedro, Mafalda e Ana Lúcia.

Dia Mundial do Teatro: O meu primeiro passo no Teatro

Março 28, 2015

Já lá vão muitos anos desde que a minha paixão pelo teatro despertou... Era bem pequenino, quando assistia às muitas emissões de serieados gravados ao vivo na televisão, e mais tarde com a Grande Noite do La Féria... Eu queria aquilo, representar um sem numero de personagens, cantar dançar, Viver...

Mais tarde na Escola Primária as minhas saudosas professoras Guilhermina Santos e Celeste Sabóia sempre apostaram em mim para abrilhantar as festinhas de Escola. Mas a minha estreia em palco ocorreu no salão dos BVColares durante a 4ª classe.

A partir daí e a viver a alguma distância de Lisboa, portanto longe do meio cultural o Teatro que me surgia seria na Escola, na televisão, em livros que poderia comprar, nos teatros amadores da zona Malveira da Serra e Fontanelas coma as suas revistas...

Quando sigo para a Escola Secundária teria oportunidade de brilhar, mas como há uns anos atrás ainda antes de ter estreado os morangos com açucar, havia muito poucos rapazes interessados em representar a peça escolhida pela encenadora foi "A Casa de Bernanda de Alba", logo fiquei de fora pois não há elenco masculino. 

Não participei, mas mais perto da cultura e com amigas mais velhas já tinha acesso às salas de espetáculo de Lisboa. Obrigado Alda sempre pelo gosto que partilhámos - ainda me recordo tão bem da petição para não deixar o Maria Vitória vir abaixo... Uma coisa é certa apesar do esforço reconhecido pela equipa da Maria João e do José Raposo, não fizemos muito... Ou quem sabe, o teatro continua de pé e a funcionar!!

Por sorte as minhas amigas gémeas Cátia e Célia Ramos e a minha Sónia Louçada convidaram-me para ir uma noite a Almoçageme para experimentar  o grupo de Teatro que estava a começar depois de mais de 20 anos parado.

E lá fui... à noite, sosinho, lembro-me como se fosse hoje, vestia um macacão de ganga (que vintage!) e uma camisola azul e entrei com o pé direito, literalmente, numa casa que não era minha mas que me adoptou...

E lá começamos em 2000 a ensaiar a Maluquinha de Arroios... Foi uma loucura, foi um sitio onde cresci, onde me tornei um homem, eu tinha 16 anos quando comecei. 

Ali constitui uma familia adoptiva, muitos amigos, alguns até já partiram de entre nós...

Quando em Março de 2001 as pancadas de Moliére ecoaram no Cine Teatro José Gomes da Silva em Almoçageme, o meu corpo tremeu, o meu coração saltou, o meu padrinho Domingos Simões deu a deixa e lá entrou o Lourenço de Avelar, Visconde da Maluquinha de Arroios...

O Teatro verdadeiramente tornou-se uma das partes mais importantes da minha vida...

Agora e depois de muitas peças feitas, de muitas peças a que assisti no mundo inteiro, a muitos livros que li, a alguns cursos que fiz, a 3 peças que encenei, a obra tem de continuar...

Obrigado Teatro por fazeres parte da minha Vida!

Viva o Teatro!

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